São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 2002

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Corus deve ser rebaixada, e ação cai 3,5%

DA REDAÇÃO

O anúncio da fusão com a CSN fez as ações do grupo Corus caírem 3,5% na Bolsa de Londres. A transação não foi tão bem recebida como no Brasil, onde os papéis da Companhia Siderúrgica Nacional subiram 15%.
O investidores internacionais consideram que a nova companhia carregará uma dívida muito grande, e, além disso, a anglo-holandesa estará exposta às turbulências do mercado brasileiro.
"Os investidores estão preocupados com os altos níveis de endividamento", disse um analista. "As pessoas provavelmente teriam recebido a notícia com mais ânimo se a Corus desembolsasse menos pela CSN."
A agência Moody's Investors Service informou ontem que deverá rebaixar a classificação da Corus para "junk" (alto risco) ou para "grau especulativo".
Mas alguns analistas consideram que o grupo anglo-holandês fez um bom negócio.
"A Corus está aproveitando as preocupações em relação ao Brasil para comprar bons ativos a um preço baixo", disse Ricardo Amorim, analista para América Latina da consultoria IDEAglobal. "Riscos existem, mas acho que eles são menores do que os estimados pelo mercado."
"A companhia será uma das mais competitivas do setor. O desempenho financeiro consolidado será muito melhor do que o de qualquer uma das européias", disse Yasuhiro Yamaguchi, do banco UBS Warburg.


Com agências internacionais


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