|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Fracasso de plano estimula boatos sobre ministro
DE BUENOS AIRES
O fracasso do plano do governo
argentino para eliminar as restrições para o saque de depósitos
bancários detonou ontem nova
onda de boatos sobre a renúncia
de seu criador: o ministro Roberto Lavagna (Economia).
O plano concedeu aos correntistas a opção de trocar os depósitos congelados por títulos públicos. O governo calcula que a adesão ao plano ficou entre 15% e
20% dos correntistas.
Lavagna esperava uma adesão
mínima de 30% e ignorou antigas
advertências do Banco Central e
do FMI (Fundo Monetário Internacional) de que não haveria procura pelos papéis.
Após o fracasso, o presidente
Eduardo Duhalde teria autorizado, segundo a imprensa local, o
presidente do BC, Aldo Pignanelli, a passar por cima de Lavagna e
discutir pessoalmente com o FMI
como eliminar o curralzinho.
Pignanelli viajou aos EUA, onde
se reuniu com a vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, e
com o diretor para América Latina do organismo, Anoop Singh.
Ele pediria o apoio do Fundo para
a eliminação das restrições bancárias impostas pelo curralzinho para as contas de até 10 mil pesos.
Para Lavagna, o plano do BC
aumentaria a procura pelo dólar e
elevaria a inflação a menos que a
economia voltasse a crescer e a
Suprema Corte impedisse o vazamento de recursos do curralzinho
por meio de processos judiciais.
Segundo o jornal "Buenos Aires
Económico", Lavagna teria cogitado renunciar devido à falta de
apoio de Duhalde e que seu substituto poderia ser o ex-presidente
do BC Mario Blejer.
(JS)
Texto Anterior: Alívio: Argentina dá sinais de recuperação Próximo Texto: Pré-candidato do PJ diz temer plano de assassinato Índice
|