São Paulo, quinta-feira, 18 de julho de 2002

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Pressão dos pecuaristas
Com a fraca oferta de boi gordo, o preço da arroba subiu de R$ 44,00 para R$ 44,50 ontem no Estado de São Paulo. Nesta semana, com a intensificação do frio -período em que o boi retido no pasto perde peso-, os frigoríficos esperavam que os pecuaristas ofertassem o animal, mas isso não ocorreu, ocasionando a alta.

Feijão à vista
Segundo o Deral do Paraná, nos próximos 20 dias, cerca de 340 mil toneladas de feijão -aproximadamente um mês e meio do consumo nacional- estarão disponíveis no mercado. Essa produção, de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Ceará, deverá diminuir a pressão de compra do produto na região centro-sul do país, cujas safras já se encaminham para a reta final da colheita.

Alta em agosto
As cotações do feijão deverão permanecer firmes nas próximas semanas. Mas, segundo o Deral, altas maiores só deverão ocorrer em agosto, período em que praticamente não há produção significativa em nenhum Estado produtor do país. No atacado, na Bolsa de Cereais de São Paulo, o produto subiu 38% nos últimos 30 dias.

Fim dos leilões
O governo suspendeu os leilões de PEP (Prêmio de Escoamento de Produto) de algodão. Segundo o secretário de Política Agrícola, Célio Porto, como o preço de mercado está acima do mínimo, não há mais razão para manter os leilões. O mercado paga cerca de R$ 34 por arroba em pluma, enquanto o preço mínimo de garantia é de aproximadamente R$ 30. O último leilão será realizado amanhã e serão ofertadas 20 mil toneladas de algodão em pluma.

Queda do suíno
O preço da arroba do suíno caiu 4% ontem no Estado de São Paulo, voltando para R$ 23,50. Segundo analistas do mercado, a união do aumento da oferta e do consumo menor que o esperado foi a causa da queda do preço do produto. Esse é o menor valor da arroba desde o dia 7 de junho.

Produção maior
O aumento da oferta de suínos foi causado pelo crescimento da produção. No ano passado, houve uma deficiência do produto, o que incentivou o produtor a fazer um investimento maior na produção. Esse crescimento só foi refletido agora no mercado. A tendência dos preços, com a permanência do clima frio, é uma estabilização, prevêem analistas.

Comércio mundial de frutas
As frutas mais comercializadas no planeta, em 1999, foram banana e maçã, com participação no total exportado de 23% e de 12,8%, respectivamente, segundo estudo realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural) do Paraná com base em dados da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação).

Participação brasileira
A receita das exportações mundiais de frutas atingiu US$ 20,8 bilhões em 1999, um aumento de 67,7% sobre a receita de 1990. Mas, desde 1997, a variação está negativa. A participação do Brasil na receita das exportações mundiais é modesta -apenas 1,6% das receitas totais da fruticultura mundial.

e-mail: akianek@folhasp.com.br



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