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Golpe era considerado uma "lenda urbana"
DO ENVIADO A SANTOS (SP)
Para os policiais federais da
Delegacia Especial de Polícia
Marítima de Santos, a descoberta da clonagem de contêineres comprovou que "lendas urbanas" podem ser reais.
A expressão "lenda urbana"
foi empregada pelo chefe da
unidade, delegado Luís Carlos
de Oliveira. Ele referia-se a informes antigos sobre contêineres clonados no porto, jamais
comprovados.
"Sempre tinha alguém que
falava, mas nunca havia ocorrido uma constatação como agora. Até então se imaginava que
era lenda urbana. Isso aqui é
um corredor de tudo, a verdade
é essa", disse ele.
Proibido pela ordem judicial
que determinou segredo de
Justiça, o delegado não fala do
inquérito, mas disse estranhar
como os contêineres falsos
conseguiram entrar em uma
área que ele e os colegas da Depom consideravam "inacessível" à ação de criminosos.
"Certamente houve conivência [de alguém com acesso ao
terminal Santos Brasil]", disse.
Na tentativa de reprimir as
quadrilhas que atuam na área
do porto, a Depom faz patrulhas em duas lanchas blindadas
na baía de Santos. A delegacia
funciona no porto, em prédio
antigo, que os policiais consideram em condição precária de
funcionamento.
O policiamento ostensivo reduziu os casos de "pirataria",
quando ladrões invadem embarcações para saquear contêineres. Era uma prática rotineira até o ano passado. Em 15 meses de 2007 e 2008, 18 navios
foram atacados em Santos.
(ST)
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