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POLÍTICA INDUSTRIAL
Objetivo é estimular desenvolvimento
Para Amaral, novo governo deve criar câmara de competitividade
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, defendeu que o
próximo governo crie no Brasil
uma câmara de competitividade
para integrar as políticas públicas
na área do estímulo ao desenvolvimento. A proposta do ministro
foi feita durante palestra em seminário do Fórum Nacional, no Rio
de Janeiro.
"Ou câmara de política industrial, como você quiser chamar",
disse depois em entrevista.
Amaral afirmou que o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), embora seja uma importante instância de reflexão sobre políticas de
desenvolvimento, não é a instância adequada para a definição de
políticas nessa área.
O ministro disse ser "uma visão
ingênua" a de que o mercado é capaz de resolver os problemas do
desenvolvimento.
Segundo ele, a câmara de competitividade deve atuar de acordo
com o mercado, mas corrigindo
eventuais distorções que possam
ocorrer.
"Políticas de competitividade
existem em qualquer país do
mundo", afirmou.
O discurso sobre a necessidade
de uma política industrial no país
sempre foi rechaçado pela equipe
econômica do atual governo, especialmente no primeiro mandato (1995-1998). A idéia era considerada como um retorno ao intervencionismo estatal.
Questionado sobre a razão pela
qual seu raciocínio não conseguiu
ser hegemônico dentro da equipe
econômica, Amaral disse que a
pergunta deveria ser feita aos
membros da equipe e negou que
tenha havido divergências.
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