São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

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POLÍTICA INDUSTRIAL

Objetivo é estimular desenvolvimento

Para Amaral, novo governo deve criar câmara de competitividade

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O ministro do Desenvolvimento, Sergio Amaral, defendeu que o próximo governo crie no Brasil uma câmara de competitividade para integrar as políticas públicas na área do estímulo ao desenvolvimento. A proposta do ministro foi feita durante palestra em seminário do Fórum Nacional, no Rio de Janeiro.
"Ou câmara de política industrial, como você quiser chamar", disse depois em entrevista.
Amaral afirmou que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), embora seja uma importante instância de reflexão sobre políticas de desenvolvimento, não é a instância adequada para a definição de políticas nessa área.
O ministro disse ser "uma visão ingênua" a de que o mercado é capaz de resolver os problemas do desenvolvimento.
Segundo ele, a câmara de competitividade deve atuar de acordo com o mercado, mas corrigindo eventuais distorções que possam ocorrer.
"Políticas de competitividade existem em qualquer país do mundo", afirmou.
O discurso sobre a necessidade de uma política industrial no país sempre foi rechaçado pela equipe econômica do atual governo, especialmente no primeiro mandato (1995-1998). A idéia era considerada como um retorno ao intervencionismo estatal.
Questionado sobre a razão pela qual seu raciocínio não conseguiu ser hegemônico dentro da equipe econômica, Amaral disse que a pergunta deveria ser feita aos membros da equipe e negou que tenha havido divergências.


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