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PETRÓLEO
Apenas uma empresa convidada é 100% nacional
Petrobras inicia a licitação para a construção da P-51 e da P-52
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras deu início ontem à
licitação para a construção das
plataformas P-51 e P-52. Foram
chamadas a participar, por meio
de carta-convite, ao menos dez
empresas, segundo a estatal.
Dessas, segundo a Folha apurou, cinco estão instaladas no
Brasil e só uma tem capital 100%
nacional. Trata-se da construtora
Odebrecht, que confirmou o recebimento do convite.
Também foi chamada a companhia norueguesa Aker Kvaerner,
contratada pela Petrobras para
detalhar o projeto de engenharia
das plataformas. A participação
no processo foi confirmada pela
Fels-Steal, uma joint venture Brasil-Cingapura e dona do estaleiro
Verolme (em Angra dos Reis).
No mercado é dada como certa
ainda a presença de mais sete
companhias, todas estrangeiras:
ABB, Samsung, Hyundai, Daewoo, ISA, Tecnip e Jurong (sócia
no Brasil do estaleiro Mauá).
Tanto a indústria naval nacional
como presidenciáveis -como o
petista Luiz Inácio Lula da Silva-
têm criticado a possibilidade de as
plataformas serem feitas no exterior, deixando de gerar empregos
no país. As obras custarão à Petrobras cerca de US$ 1 bilhão.
O diretor de um estaleiro convidado para a licitação, que pediu
para não ser identificado, disse
que o fato de a Aker ter participado do projeto das plataformas a
coloca em vantagem. Isso porque
ela tem mais informações do que
as concorrentes. O diretor-gerente de Exploração e Produção da
Petrobras, Carlos Tadeu Fraga, disse que nada impede que uma empresa que participou do projeto seja convidada para a licitação.
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