São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

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MERCADO FUTURO

Bolsa cai 1,84%; redução dos juros não é dada como certa, mas projeções para as taxas caem na BM&F

Lula, guerra e Copom ditam os negócios

DA REPORTAGEM LOCAL

Às vésperas da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre os juros brasileiros, as projeções para as taxas no mercado futuro tiveram pequenas quedas ontem.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos para outubro passaram de 18,08% para 18,01%. Para novembro, caíram de 18,71% para 18,60%.
As projeções para janeiro de 2003, as mais negociadas, passaram de 20,99% para 20,89%.
Como em outras reuniões, o mercado vê motivos para um corte e para a manutenção dos juros, mas acredita que, conservador, o BC optará por deixar a Selic inalterada em 18% ao ano.
O viés de baixa, instrumento que permite a redução das taxas antes da próxima reunião, também deverá ser mantido.
Ainda no mercado futuro, houve aumento na quantidade de operações com o dólar.
Os negócios com contratos de dólar para outubro passaram de 47,56 mil na segunda-feira para 65,39 mil ontem. O dólar fechou cotado a R$ 3,241, ainda abaixo do mercado à vista, mas em alta de 0,79%. Para novembro, o número de negócios passou de 2.420 para 12,07 mil. O dólar foi negociado a R$ 3,195, valorizado em 0,55%.
Segundo analistas, os bancos já começam a fazer movimentações no mercado futuro na tentativa de estabelecer uma tendência para a moeda.
As novas projeções levariam em conta a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, vencer as eleições já no primeiro turno. A especulação vem de resultados de pesquisas eleitorais que teriam vazado ao mercado.

Bolsa
O Ibovespa, índice que concentra as 56 ações mais negociadas da Bolsa paulista, caiu 1,84%, para 9.650 pontos. O giro financeiro continuou pequeno -de R$ 356,569 milhões.
A Bolsa acompanhou o desempenho dos mercados americanos e a tensão em relação a uma possível invasão dos EUA ao Iraque.
A maior alta do dia foi a das ações ordinárias da Sabesp, que subiram 2,9%. As ações da Petrobras, que tiveram fortes valorizações nos últimos dias, acompanharam a queda do preço do petróleo no mercado internacional. No papel ordinário da empresa petrolífera, a baixa foi de 6%, a maior do dia. A ação preferencial teve desvalorização de 4,6%.


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