São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Mais problemas
As chuvas do final de semana prejudicaram a qualidade do trigo. Pior: a partir de hoje ocorre novo período de chuvas. Em algumas regiões do Paraná, o PH do produto caiu de 80 para 77 a 78 nos últimos dias. O PH (peso por hectolitro) é a medida utilizada pelo setor para definir o rendimento do trigo bruto em farinha.

Preços
A queda no PH do trigo compromete a qualidade final dos derivados (pães e massas). Além disso, quanto maior a queda do PH, menor será a remuneração dos produtores. A saca de trigo subiu ontem no Paraná e ficou entre R$ 29,50 e R$ 30,50, dependendo da impureza do produto.

Início de plantio
Parte dos produtores paranaenses começa a semear o milho de verão. A intenção desses produtores é antecipar a safra para o final de janeiro e ainda pegar os preços elevados do final da entressafra. A antecipação da safra de milho permite antecipar também o plantio da safrinha e correr menos riscos de geadas.

Novas altas
O milho continua subindo. Ontem, a saca foi negociada ao preço recorde de R$ 20,84 para entrega em novembro na Bolsa de Mercadorias & Futuros. O produtor está recebendo R$ 15,70 por saca. No mercado de lote, a saca foi a R$ 17, à vista, e no porto de Paranaguá, a R$ 20.

Fim da paridade
A soja caminha para o fim da paridade de preços com Chicago. Quem ainda necessita de produto "vai pagar o que precisa, e não o que vale", diz um analista.

Café a R$ 150
Um momento de alívio para os produtores de café. Apesar da grande safra, os preços continuam subindo. Ontem, a saca foi negociada a R$ 150 em Minas Gerais e a R$ 147 no Estado de São Paulo -os maiores preços desde julho de 2000.

Campanha
A agência não-governamental Oxfam quer incentivar o consumo de café para aliviar a situação dos principais países produtores. Reúne hoje empresas em vários países para propor preços que garantam uma vida decente aos produtores espalhados pelos países em desenvolvimento.

Procura maior
Alguns frigoríficos já pagam R$ 51 pela arroba de boi. A alta de preço ocorreu devido à procura maior por animais prontos para o abate. No mercado futuro, a arroba de boi para o próximo mês foi negociada a R$ 52,78, com alta de 0,6% em relação ao dia anterior.

À espera do leilão
Os preços do algodão subiram na semana passada. No mês, a alta é de 12%. As indústrias, no entanto, estão mais resistentes ao aumento dos preços, aguardando o leilão de amanhã dos estoques governamentais, diz o Cepea.

Mercado externo
A principal alta de preços ontem em Chicago ficou para o trigo: 1,12%. Nos últimos 30 dias, o produto já teve valorização de 16,5%. A soja manteve preços estáveis ontem, e o milho caiu 0,54%.

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br


Texto Anterior: Mercado Futuro: Lula, guerra e Copom ditam os negócios
Próximo Texto: Aviação: Dívidas podem impedir socorro a aéreas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.