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AVIAÇÃO
Varig e Vasp só terão direito a empréstimos do BNDES se renegociarem débitos de quase R$ 2 bi com a Previdência
Dívidas podem impedir socorro a aéreas
JULIANNA SOFIA
MARIANA MAINENTI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Varig e a Vasp estão impedidas legalmente de recorrer ao socorro financeiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) se não renegociarem uma dívida de quase R$
2 bilhões que têm com a Previdência Social.
A saída para o problema deve
passar por uma operação casada
em que o governo liberaria o empréstimo do BNDES para as empresas mediante o acerto dessa dívida.
O ministro da Previdência, José
Cechin, disse à Folha que as duas
empresas não têm Certidão Negativa de Débito do órgão, o que as
proíbe de realizar operações financeiras com bancos oficiais.
Técnicos envolvidos na negociação informaram que o problema da dívida tem solução simples. Ontem, o assunto foi analisado durante reunião de diretores
do BNDES. Bastaria as empresas
procurarem o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para renegociar a dívida.
Há duas semanas, o governo
anunciou um pacote de ajuda às
companhias aéreas que inclui capitalização das empresas com dinheiro do BNDES. A Varig vem
negociando com o banco os termos do empréstimo. O custo das
medidas no pacote poderia dar
uma ajuda de até R$ 1 bilhão para
as empresas aéreas.
O presidente da Vasp, Wagner
Canhedo, também já manifestou
interesse em usar dinheiro do
BNDES. A estratégia, entretanto,
é esperar o desfecho das negociações com a Varig para depois procurar oficialmente o banco.
A dívida da Varig com a Previdência é de R$ 1,096 bilhão. A
Nordeste e a Rio Sul, companhias
aéreas que também pertencem à
empresa, contabilizam débitos de
R$ 52 milhões com o INSS.
A dívida da Vasp com a Previdência totaliza R$ 792 milhões.
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