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Para empresários, há exagero no pessimismo
DA REPORTAGEM LOCAL
A maioria dos empresários ouvidos pela Folha acredita que haja
um excesso de pessimismo com
relação à economia brasileira.
"Estou convencidíssimo de que
há um exagero. As pessoas acham
que, quando está bom, está tudo
bom. Quando está ruim, que está
tudo ruim", afirma Luiz Roberto
Troster, economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira das
Associações de Bancos).
Para eles, o cenário de instabilidade econômica é gerado essencialmente pela especulação no
mercado financeiro, e a calmaria
deverá vir depois das eleições.
"Essa situação de agora vai durar até o dia 27, às 17h [data e hora
do enceramento do segundo turno das eleições presidenciais].
Depois passa", diz Fábio Mestriner, presidente da Abre (Associação Brasileira de Embalagem).
Segundo eles, o reflexo do pânico das últimas semanas tem, como pior consequência, a mudança no comportamento do consumidor, que passa a ser mais cauteloso e a consumir menos. "Esses
acontecimentos mexem com o
consumidor", diz Ademar Canteiro, diretor de relações institucionais da Anfavea (Associação
Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores).
(GN)
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