São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pesquisa da CNI vê pessimismo de empresários

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os empresários da indústria continuam pessimistas em relação ao futuro da economia brasileira e não esperam uma recuperação no curto prazo. Essa foi a constatação de pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) entre 1.485 empresas do setor, instaladas em todo o país.
Segundo o levantamento, o índice que mede a confiança dos industriais no futuro da economia brasileira está em 49,5 pontos. Pela metodologia adotada, qualquer valor abaixo de 50 pontos é considerado como um sinal de pessimismo ou desconfiança.
O resultado próximo dos 50 pontos indica que, embora não esperem uma piora no cenário econômico, os empresários também não apostam em uma piora muito forte nos próximos meses.
A pesquisa é feita pela CNI a cada três meses, e desde julho ele mostra um índice apontando para um maior pessimismo por parte dos industriais. Em julho, o índice estava em 48,5 pontos.
Por meio de uma nota, a CNI informou que o resultado é consequência do "elevado grau de incerteza político-econômica e da crise geral de confiança".
O pessimismo é maior entre os pequenos e médios empresários (que comandam empresas com até 500 empregados). Nesse setor, o índice de confiança está em 48,3 pontos -ligeiramente acima dos 47,8 pontos registrados em julho. Ente os grandes empresários, há até um certo otimismo, com o índice chegando a 51,6 pontos.
Entre as empresas consultadas, 260 são de grande porte, e as demais, pequenas e médias. Por isso, quando calculado o índice geral, prevalece a opinião das empresas menores.
Além de se mostrarem pouco confiantes em relação à economia brasileira como um todo, os industriais se mostraram também pessimistas quanto às perspectivas em relação às suas próprias empresas. Nesse item, o índice de confiança atingiu 46,6 pontos. O resultado ficou acima dos 43,2 pontos observados no levantamento realizado em julho.


Texto Anterior: Ícone em 96, iogurte mantém consumo alto
Próximo Texto: Em tempos de crise, grandes marcas perdem participação no mercado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.