São Paulo, domingo, 18 de outubro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice "Abertura será inevitável'
de Tóquio
Gordon Ho - Vários motivos: preço das ações está baixo, o câmbio está favorável e as companhias japonesas estão precisando de recursos e de "know-how" para sobreviver. Folha- De que "know-how" estamos falando? Ho - O mercado de derivativos e a securitização de dívidas ainda são coisas incipientes no Japão. Folha - Como é que os bancos e corretoras japoneses sobreviveram até hoje sem se modernizarem? Ho - Porque o mercado era fechado e não havia concorrência. Isso começou a acabar em abril passado com o começo do "Big-Bang" japonês (as leis que estão reformando o sistema financeiro do país e permitem a entrada de estrangeiros). Folha - O que mudou desde então? Ho - Toda vez que um cliente queria comprar ou vender ações no Japão, pagava uma comissão muito cara, que era tabelada por lei. Isso acabou e agora as corretoras podem competir entre si. Mas ainda hoje o grosso da receita de muitas corretoras japonesas vem das comissões altas. Essas corretoras terão de encontrar novas maneiras de obter receita, ou então irão quebrar. Folha - Os bancos japoneses ainda não foram alvo de aquisições feitas por empresas estrangeiras. Por quê? Ho - No caso dos bancos, ainda há muita dúvida sobre o tamanho dos créditos podres em seus balanços. (MA) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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