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PAINEL S/A
Regra mantida
Pesquisa realizada pelo Bicbanco
mostra que 56,8% das empresas
não esperam mudanças na política
cambial brasileira. Foram ouvidas
291 empresas.
Injeção na veia
As empresas que não esperam
mudanças no câmbio consideram
que o governo, para melhorar o
comportamento da balança comercial, deve subsidiar as exportações (50%), instituir cotas para importações (27,8%) ou elevar as tarifas de importação (22,2%).
Pé no acelerador
Segundo a pesquisa, a maioria
(48%) das empresas que apostam
em mudanças no câmbio acredita
que será aumentado o ritmo das
desvalorizações; 39,8%, que será
alargada a banda cambial; e 12,2%,
que haverá desvalorização formal.
Curto prazo
As empresas que apostam em
mudanças no câmbio acreditam
que a alteração será feita ainda
neste ano (50,4%), contra 39,8%
que esperam que ela só ocorra no
primeiro trimestre de 99.
Esperando um truque
Na opinião de analista, o governo
vai precisar tirar um novo coelho
da cartola: ou faz um ajuste fiscal
maior do que o previsto, ou arranja mais dinheiro no exterior. Caso
contrário, as contas não fecham.
Dilema dos juros
É que, segundo ele, mantido o regime cambial, conseguido um superávit primário (receitas menos
despesas, excluídos os juros) de
2,5% do PIB e um empréstimo internacional da ordem de US$ 30 bilhões, os juros continuariam elevados (20% a 25% ao ano) e o déficit
nominal ficaria em torno de 6%
-o que o mercado não aceitaria.
É vencer ou...
Para analistas, não há mais
possibilidade de empate no jogo
das expectativas: ou o ajuste fiscal
do governo convence, e ele ganha o
jogo, ou não convence, e as saídas
de recursos do país vão aumentar.
Quinhão maior
A participação do crédito bancário no passivo (total das dívidas)
das empresas aumentou durante o
Plano Real, segundo levantamento
feito pela Austin Asis com base nos
balanços de 157 empresas de capital aberto. Ela atingiu 19,05% em
julho deste ano, contra 16,11% em
julho de 93.
Uma no cravo....
No mesmo período, as despesas
financeiras das empresas, em comparação com o faturamento, pulou
de 5,51% em julho de 95 para
9,55% em julho de 98.
...outra na ferradura
Mas há um dado positivo, segundo a Austin Asis. É que as empresas também viram aumentar o ganho financeiro no período -que
passou de 3,35% em 93 para 7,21%
em 98.
A conferir
Agências internacionais informam que o Banco Garantia era um
dos investidores do Long Term Capital Management -o fundo que
sofreu intervenção do Fed (o banco central dos EUA).
Na contramão
O Banco Boavista comemora: recebeu "upgrade" de suas notas por
duas agências de "rating", a Atlantic Rating e a Fitch IBCA.
Em expansão
As exportações vinculadas ao
Proex atingiram US$ 23,6 bilhões
no período de janeiro a setembro
deste ano, com incremento de
342% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de
empresas participantes do programa saltou de 233 em 97 para 453.
O pior já passou
O pico dos vencimentos da dívida interna do governo federal já
passou "com pequenos incidentes", diz o JP Morgan. A média de
vencimentos, de cerca de R$ 13,6
bilhões por semana desde setembro, cai, a partir desta semana, para algo em torno de R$ 8 bilhões.
Na ponta do lápis
O Tesouro, diz o JP Morgan, conseguiu rolar a maior parte de sua
dívida. Já o Banco Central deixou
vencer R$ 30 bilhões -metade
corresponde à queda das reservas
internacionais, segundo o banco.
Sinal dos tempos
Com a crise financeira internacional, "o mundo vai se tornar
mais conservador e a alavancagem
vai se reduzir", diz o presidente do
Deustche Bank, Roger Karam.
E-mail: painelsa@uol.com.br
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