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Crítico e defensor
do bloco utilizam
caso mexicano
do enviado especial a Miami
Alguns ônibus de Miami
circulam com insólito "out-door" na lateral: "Work harder - Get poorer" (trabalhar
mais duro, ficar mais pobre).
É assinado pela Oxfam,
uma ONG nascida no Reino
Unido e que se tornou referência em negociações comerciais por apresentar propostas, em vez de ficar apenas no discurso de crítica.
É o resumo em uma frase
do que a Oxfam entende ser
o resultado da liberalização
comercial: mais trabalho e
menos renda.
No caso da Alca, a análise
da ONG é clara: considera
que "não contribui para
uma perspectiva de desenvolvimento sustentável. Baseia-se no fracasso do modelo do Nafta, que não gerou
crescimento e não atende à
crise de pobreza no México".
O caso mexicano, aliás, virou tema de batalha de propaganda entre o USTr (uma
espécie de ministério de comércio exterior dos EUA) e
os críticos do livre comércio.
Enquanto o USTr diz que o
Nafta "resultou em expansão das exportações mexicanas, em salários mais altos,
em menos pobreza, em mais
investimento externo e em
um setor agrícola mais forte", a Oxfam contra-ataca:
"Segundo o Banco Mundial, 45 milhões de mexicanos (45% da população) vivem com menos de US$ 2
por dia, dos quais 10 milhões
sobrevivem em situação de
extrema pobreza, com menos de US$ 1 por dia. Esses
elevados níveis de pobreza
se mantiveram no mesmo
patamar no decorrer da implementação do Nafta".
A Oxfam aceita que o país
recebeu "a incrível cifra de
US$ 153 bilhões (de investimento), durante a vigência
do Nafta", mas acrescenta
que isso teve pouco efeito no
crescimento. "O crescimento médio anual de menos de
1% registrado no decorrer
do Nafta não fez mais que
exacerbar as grandes desigualdades sociais."
(CR)
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