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MERCADO FINANCEIRO
Investidores preferem embolsar lucros e Bovespa cai 1,67%; dólar recua 0,61%, para R$ 2,932
Bolsa fecha em baixa após bater recorde
DA REPORTAGEM LOCAL
Após alcançar seu patamar recorde na sexta-feira passada, a
Bolsa de Valores de São Paulo viveu um dia de perdas no pregão
de ontem.
Os investidores preferiram embolsar parte dos fortes ganhos
acumulados no mercado acionário. Esse movimento de realização
de lucros fez o Ibovespa -índice
que acompanha o sobe-e-desce
das 54 ações de maior liquidez-
iniciar a semana com uma queda
de 1,67%.
O movimento total do pregão
superou R$ 1,2 bilhão. Mas, do giro total, R$ 410 milhões foram
movimentados com o exercício
de opções.
O mau desempenho do mercado acionário internacional colaborou para a Bolsa paulista fechar
em baixa.
Nos Estados Unidos, o principal
índice da Bolsa de Nova York, o
Dow Jones, fechou com baixa de
0,59%. A Nasdaq (Bolsa eletrônica das empresas de alta tecnologia) caiu 1,07%.
Nenhum dos índices da Bovespa conseguiu encerrar o dia de
ontem com alta.
As ações com direito a voto
(ON) da Embratel Participações,
destaque da semana passada, ainda conseguiram fechar em alta, de
1%. Na semana passada, esse papel disparou 41% com a possibilidade aberta de venda do controle
acionário da empresa, atualmente
nas mãos da companhia norte-americana MCI.
Sem fôlego
Já as ações preferenciais da Embratel Participações acabaram encerrando o dia na liderança das
perdas, com desvalorização de
4,4%. Os papéis preferenciais da
Telemar, os mais negociados,
concentrando 25% dos negócios
do dia, fecharam com recuo de
2,98%.
A confirmação da expectativa
dominante no mercado, de que o
Copom cortará a taxa básica de
juros para 18% ao ano, deve manter a atratividade da Bolsa.
O câmbio teve um dia mais calmo após a pressão sofrida na última semana. O dólar encerrou as
operações de ontem com baixa de
0,61%, vendido a R$ 2,932.
O mercado aguarda a decisão
do Banco Central em relação à renovação ou não de seu próximo
vencimento de dívida cambial. Na
semana passada, o BC não renovou o lote de pouco mais de US$
400 milhões em títulos cambiais
que venceu.
(FABRICIO VIEIRA)
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