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São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 2003
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES No lucro Os importadores de arroz beneficiado, mesmo os que pagaram a alíquota de 13,5% nas importações, estão com bons resultados na revenda do produto. Os que importaram dentro da cota de 68 mil toneladas, com alíquota de 4,5%, estão com lucros ainda maiores. Os ganhos se devem à forte alta no mercado interno, diz o analista Romeu Fiod. Cota não-preenchida A cota de 400 mil toneladas de arroz em casca, liberada pelo governo para ser importada com alíquota reduzida, não deverá ser atingida, diz Fiod. O mercado disputou muito a importação de arroz beneficiado. Só da Tailândia já vieram três navios. Alta rápida A evolução dos preços do arroz no Sul foi rápida, mas não deve chegar ao consumidor nos próximos 15 dias. As redes varejistas estão bem abastecidas e negociam arroz a até R$ 6,80 pelo pacote de cinco quilos, valor bem inferior ao que já é praticado no atacado. Desaceleração Os produtores paulistas receberam, em média, 0,20% a mais pelos produtos agrícolas nos últimos 30 dias, mostra acompanhamento de preços do Instituto de Economia Agrícola, órgão da Secretaria de Agricultura. Os dados mais recentes mostram desaceleração em relação aos anteriores, que tinham registrado alta de 0,91%. Os destaques Segundo Nelson Martin, coordenador da pesquisa, as maiores reduções ocorreram nos preços do frango (18%), ovos e feijão (10%). Já tomate (22%), cebola (20%) e algodão (19%) subiram. Em busca do Brasil Após ganhar parte do mercado internacional dos Estados Unidos e assumir a liderança mundial nas exportações de soja, o Brasil começa a ganhar clientes dentro dos EUA. É o que ocorreu com Wilmington Bulk LLC, consórcio produtor de suínos e de aves. Preços menores O consórcio deve comprar até 90 mil toneladas de farelo de soja brasileiro, segundo a Reuters. A compra se deve à alta de preços no mercado dos EUA, provocada pelas quebras sucessivas de safra e pelo apetite da China nas importações de soja. O consórcio poderá importar, ainda, milho e trigo. Preços aquecidos Os estoques de passagem de soja são apenas 13,6% do consumo, o que deve garantir preço forte para o produto no próximo ano, segundo análise da consultoria Céleres, de Uberlândia (MG). As estimativas de importações da China, agora de 25 milhões de toneladas, também auxiliam na alta. Favorecido pelo dólar A recente elevação do dólar está ajudando as exportações de milho. Os preços internos estavam deprimidos pela supersafra, mas as vendas externas deram maior sustentação ao produto, que subiu 7% nas duas últimas semanas. Cargill amplia áreas A Cargill formou uma joint venture com a Hatco Corp., dos EUA, para produzir lubrificantes à base de soja. O produto será destinado à indústria automobilística e aos setores petrolífero e de aço. A fábrica será em Mairinque (SP). E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bolsa fecha em baixa após bater recorde Próximo Texto: Fim do sufoco?: Comércio dá sinais de aquecimento Índice |
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