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Estoque mundial reduzido poderá elevar os preços
DA REDAÇÃO
As exportações de trigo
brasileiro imprimiram certo
nervosismo ao mercado interno. Parte da alta, no entanto, vem das preocupações com o mercado externo. A produção tem sido inferior ao consumo nos últimos anos e há queda nos estoques mundiais.
A safra 2003/4 não será diferente. A previsão Departamento de Agricultura dos
EUA é de produção de 548
milhões de toneladas e consumo de 585 milhões. Os estoques mundiais devem baixar para 123 milhões.
Esse cenário de redução de
oferta já provocou alta de
20% nos preços nas principais Bolsas estrangeiras em
menos de dois meses, diz Lawrence Pih, do Moinho Pacífico. A safra de trigo dos
principais países já foi definida e muitas tiveram quebras. Só faltam ser colhidas a
da Argentina e da Austrália.
Pih diz que, enquanto o
Usda previa 14 milhões de
toneladas para a safra argentina, alguns analistas já indicam apenas 11 milhões.
O trigo da safra nova vale
US$ 185 por tonelada na Argentina, e há poucos vendedores, diz ele. Os argentinos
não têm pressa em vender o
grão porque se sentem mais
seguros com o trigo do que
aplicar o dinheiro da venda
no mercado financeiro.
Paulo Magno Rabelo, gerente de Alimentos Básicos
da Conab, tem visão mais
pessimista. Os estoques
mundiais deverão ser inferiores a 100 milhões de toneladas na safra 2005/6, diz ele.
Ruim para os consumidores,
que pagarão mais pelo pãozinho, mas um grande incentivo para os produtores.
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