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Estaleiro recuperado já pensa em contratações
DE BUENOS AIRES
Os 60 trabalhadores que reabriram o estaleiro Sanym em dezembro do ano passado pensavam em
construir barcos. Tiveram, no primeiro mês, que recolher papel e
papelão e revirar o lixo acumulado nos 44 mil metros quadrados
do estaleiro abandonado.
"Não tínhamos um centavo.
Conseguimos 60 mil pesos (cerca
de R$ 60 mil) com papelão recolhido nas ruas e chapas de aço,
máquinas e barcos abandonados
que os antigos donos achavam
que era lixo", diz Horacio Rodríguez, agora presidente do estaleiro recuperado.
O trabalho de "catadores" acabou em janeiro, quando eles conseguiram um contrato para reparar um barco de pesca. Outro barco espera para atracar, o que garante trabalho e salários para os
próximos meses.
"Há muitos clientes esperando
o resultado do nosso primeiro
trabalho. Quando este primeiro
barco sair, e todos perceberem
que o trabalho é bem feito, fecharemos muitos contratos", avalia
Rodríguez.
Ele espera que, até o próximo
mês, a empresa possa chamar de
volta os outros 60 trabalhadores
que perderam o emprego em julho de 2001, quando o estaleiro fechou as portas. "Com dois barcos
em reparação, teremos trabalho
para muito mais gente."
A última contratação do estaleiro foi um engenheiro.
"Precisávamos de alguém para
assinar os orçamentos. Mas as
condições são as mesmas: ele ganhará o mesmo salário que todos
aqui ganham", diz Rodríguez.
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