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ENERGIA
Estado de SP desperdiça 20 hidrelétricas
ANA PAULA MARGARIDO
DA FOLHA CAMPINAS
O Estado de São Paulo tem 20
pequenas centrais hidrelétricas
(PCHs) desativadas que poderiam gerar pelo menos 16.715 kW
de energia -potencial suficiente
para abastecer a população de
uma cidade como Atibaia (SP),
com 111,3 mil habitantes.
O levantamento é da Secretaria
de Estado do Meio Ambiente, que
informa que metade das usinas
desativadas no Estado pertence à
Cesp (Companhia Energética de
São Paulo). A outra metade pertence à CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), à Eletra e à
Emae (Empresa Metropolitana de
Águas e Energia). As PCHs são
usinas com potência instalada entre 1.000 kW e 30.000 kW que podem funcionar com o reservatório igual ou inferior a 3 km2.
"Estamos estudando uma forma de cassar a concessão das pequenas usinas paradas", disse o
comissário-chefe do grupo comercial e de tarifas da CSPE (Comissão de Serviços Públicos em
Energia), Moacyr Trindade de
Oliveira Andrade, 50. Fechadas
em sua maioria no período do regime militar, as PCHs são hoje
um dos principais focos de prioridade da Aneel (Agência Nacional
de Energia Elétrica) para aumentar o abastecimento no país.
Um estudo feito pela Cspe
aponta que somente os rios Pardo, na região de Mogi-Guaçu, e
Peixe, entre Sorocaba e Paranapanema, têm potencial hidráulico
para construção de pequenos empreendimentos de 50 gigawatts.
Se todo esse potencial fosse explorado, o Estado, que atualmente importa 70% da energia que
consome, conseguiria garantir o
abastecimento residencial de uma
cidade como Ribeirão Preto, com
504,9 mil habitantes, sem considerar seu parque industrial.
Só em São Paulo, as pequenas
centrais hidrelétricas são responsáveis pela geração de 0,55% do
potencial energético do Estado.
Colaborou Rogério Pagnan, da
Folha Ribeirão
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