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São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 2003

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ENERGIA

Estado de SP desperdiça 20 hidrelétricas

ANA PAULA MARGARIDO
DA FOLHA CAMPINAS

O Estado de São Paulo tem 20 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) desativadas que poderiam gerar pelo menos 16.715 kW de energia -potencial suficiente para abastecer a população de uma cidade como Atibaia (SP), com 111,3 mil habitantes.
O levantamento é da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que informa que metade das usinas desativadas no Estado pertence à Cesp (Companhia Energética de São Paulo). A outra metade pertence à CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), à Eletra e à Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). As PCHs são usinas com potência instalada entre 1.000 kW e 30.000 kW que podem funcionar com o reservatório igual ou inferior a 3 km2.
"Estamos estudando uma forma de cassar a concessão das pequenas usinas paradas", disse o comissário-chefe do grupo comercial e de tarifas da CSPE (Comissão de Serviços Públicos em Energia), Moacyr Trindade de Oliveira Andrade, 50. Fechadas em sua maioria no período do regime militar, as PCHs são hoje um dos principais focos de prioridade da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para aumentar o abastecimento no país.
Um estudo feito pela Cspe aponta que somente os rios Pardo, na região de Mogi-Guaçu, e Peixe, entre Sorocaba e Paranapanema, têm potencial hidráulico para construção de pequenos empreendimentos de 50 gigawatts.
Se todo esse potencial fosse explorado, o Estado, que atualmente importa 70% da energia que consome, conseguiria garantir o abastecimento residencial de uma cidade como Ribeirão Preto, com 504,9 mil habitantes, sem considerar seu parque industrial.
Só em São Paulo, as pequenas centrais hidrelétricas são responsáveis pela geração de 0,55% do potencial energético do Estado.


Colaborou Rogério Pagnan, da Folha Ribeirão

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