São Paulo, terça-feira, 19 de fevereiro de 2002

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COMBUSTÍVEIS

Presidente desiste de intervir em preço após barrar aumento na 6ª

Mercado é livre, mas reajuste deve ser explicado, diz FHC

Lula Marques/Folha Imagem
Os presidentes Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Duhalde em entrevista em Buenos Aires


DA ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES E
DE BUENOS AIRES

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que não vai intervir no preço da gasolina. Segundo ele, o mercado de petróleo no Brasil é livre, portanto o preço não pode ser formado pelo governo. Mas o presidente afirmou que quer ser informado sobre a variação dos preços.
"O mercado de petróleo no Brasil é livre, portanto eu não tenho que me antecipar sobre se pode haver aumento ou sobre se pode haver queda no preço", disse ontem em Buenos Aires durante entrevista dos presidentes dos países integrantes do Mercosul, após reunião de Cúpula do bloco.
De acordo com FHC, a questão já foi esclarecida pelo presidente da Petrobras, Francisco Gros. "O que eu peço é que haja explicação, foi o que pedi, mas o mercado é livre e o preço não é formado pelo governo, simplesmente eu insisto, e o Gros foi muito explícito na sua posição, em que haja uma explicação sobre por que subiu, por que caiu e isso vai ser assim, porque o mercado é livre", disse.

Desautorização
FHC deu a resposta ao ser questionado sobre como ficaria o reajuste da gasolina. Na última sexta-feira, FHC desautorizou o aumento médio de 2,2% no preço da gasolina nas refinarias anunciado pela Petrobras para entrar em vigor a partir de anteontem.
Esse reajuste iria vigorar cerca de um mês e meio depois de o preço da gasolina ter sido reduzido em 25% nas refinarias. Esse também seria o primeiro reajuste da Petrobras após a abertura do mercado, em 1º de janeiro.



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