São Paulo, terça-feira, 19 de fevereiro de 2002

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Ministro diz que cálculo será refeito

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro José Jorge (Minas e Energia) disse ontem que haverá aumento do preço da gasolina na refinaria, três dias depois de o reajuste de 2,2% ter sido desautorizado pelo presidente FHC.
"A idéia do presidente não é bloquear o aumento, mas que sejam revistas as contas", disse o ministro. "A Petrobras vai refazer as contas e o aumento será concedido naquilo que for necessário."
Ainda de acordo com o ministro, os novos cálculos são necessários porque já se passaram dez dias desde que as contas que resultaram no reajuste médio de 2,28% foram feitas. O reajuste leva em conta a variação do preço do petróleo no mercado internacional e a taxa de câmbio. José Jorge disse que espera que os novos cálculos indiquem aumento menor do que 2,28%.
O ministro informou ainda que, no ambiente de mercado livre, se a Petrobras subir muito o preço, haverá importação feita por "agentes privados" e isso fará com que "haja um equilíbrio normal do sistema".
Desde janeiro o governo liberou a importação de derivados de petróleo e deixou de fixar os preços da gasolina na refinaria. Segundo o ministro, o reajuste da gasolina "historicamente" era um assunto governamental e que, por isso, aconteceu um "pequeno ruído" [a desautorização do presidente da República ao reajuste".
"De agora em diante, essa é uma questão interna da Petrobras, que é uma empresa e que tem acionistas minoritários", afirmou o ministro. Ele descartou a possibilidade de o aumento ter sido rejeitado por FHC por causa do ano eleitoral.



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