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Ministro diz que cálculo será refeito
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro José Jorge (Minas e
Energia) disse ontem que haverá
aumento do preço da gasolina na
refinaria, três dias depois de o reajuste de 2,2% ter sido desautorizado pelo presidente FHC.
"A idéia do presidente não é
bloquear o aumento, mas que sejam revistas as contas", disse o
ministro. "A Petrobras vai refazer
as contas e o aumento será concedido naquilo que for necessário."
Ainda de acordo com o ministro, os novos cálculos são necessários porque já se passaram dez
dias desde que as contas que resultaram no reajuste médio de
2,28% foram feitas. O reajuste leva
em conta a variação do preço do
petróleo no mercado internacional e a taxa de câmbio. José Jorge
disse que espera que os novos cálculos indiquem aumento menor
do que 2,28%.
O ministro informou ainda que,
no ambiente de mercado livre, se
a Petrobras subir muito o preço,
haverá importação feita por
"agentes privados" e isso fará com
que "haja um equilíbrio normal
do sistema".
Desde janeiro o governo liberou
a importação de derivados de petróleo e deixou de fixar os preços
da gasolina na refinaria. Segundo
o ministro, o reajuste da gasolina
"historicamente" era um assunto
governamental e que, por isso,
aconteceu um "pequeno ruído"
[a desautorização do presidente
da República ao reajuste".
"De agora em diante, essa é uma
questão interna da Petrobras, que
é uma empresa e que tem acionistas minoritários", afirmou o ministro. Ele descartou a possibilidade de o aumento ter sido rejeitado por FHC por causa do ano eleitoral.
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