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Tecsat se diz 'forçada' a entrar no mercado
da enviada especial
O diretor de marketing e novos
novos negócios do grupo Tectelcom, Paulo Roberto Hisse de Castro, diz que a atividade principal
do grupo é fabricar, distribuir e
instalar equipamentos de recepção de sinais por satélite e que a
empresa não planejava atuar como operadora de TV paga.
"Fomos praticamente forçados
a isso", afirma. Segundo ele, a
Tecsat desenvolveu os decodificadores, receptores e as miniantenas
na nova tecnologia, mas a DirecTV e a Sky optaram por outros
fornecedores. A seguir, os principais trechos da entrevista.
Folha - Quando a Tecsat decidiu
concorrer com a Globo e a Abril no
mercado das miniparabólicas?
Paulo Roberto Hisse de Castro -
Decidimos em setembro de 97,
após esgotadas as negociações
com a Sky e a DirecTV. Solicitamos a concessão ao Ministério das
Comunicações e pagamos R$ 470
mil pela outorga, publicada em 31
de dezembro. Em janeiro, assinamos contrato com a Embratel para
o aluguel de espaço em satélite e
lançaremos o serviço em março.
Folha - Os senhores não temem
fracassar nessa disputa?
Castro - A Tecsat está entrando
em um setor no qual tem pleno
domínio. Ela produz, distribui e
instala sistemas de recepção de TV
por satélite há 12 anos. Conhecemos o mercado de TV por assinatura porque produzimos antenas e
decodificadores para os canais da
Globosat durante três anos.
Folha - Quanto custa colocar em
funcionamento o sistema de TV
paga via satélite?
Castro - Pelo menos US$ 50 milhões, incluindo a construção da
estação de 'up link' (sistema de
emissão dos sinais para o satélite)
e montagem da rede distribuidora.
Folha - Como os senhores vão
vender seu produto no mercado?
Castro - Vamos usar a rede de
distribuição de parabólicas comuns. Os anteneiros vendem 100
mil parabólicas tradicionais por
mês. A venda das miniparabólicas
está em 20 mil por mês.
Folha - Pelo menos três outros
grupos -a KTV, a Editora Três e a
TV Record- devem entrar nesse
mercado. O que deve acontecer?
Castro - O preço da TV por assinatura no Brasi é muito alto e vai
ter de cair, mas não sei se haverá
espaço para tantos operadores.
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