São Paulo, quinta, 19 de fevereiro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tecsat se diz 'forçada' a entrar no mercado

da enviada especial

O diretor de marketing e novos novos negócios do grupo Tectelcom, Paulo Roberto Hisse de Castro, diz que a atividade principal do grupo é fabricar, distribuir e instalar equipamentos de recepção de sinais por satélite e que a empresa não planejava atuar como operadora de TV paga.
"Fomos praticamente forçados a isso", afirma. Segundo ele, a Tecsat desenvolveu os decodificadores, receptores e as miniantenas na nova tecnologia, mas a DirecTV e a Sky optaram por outros fornecedores. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Folha - Quando a Tecsat decidiu concorrer com a Globo e a Abril no mercado das miniparabólicas?
Paulo Roberto Hisse de Castro -
Decidimos em setembro de 97, após esgotadas as negociações com a Sky e a DirecTV. Solicitamos a concessão ao Ministério das Comunicações e pagamos R$ 470 mil pela outorga, publicada em 31 de dezembro. Em janeiro, assinamos contrato com a Embratel para o aluguel de espaço em satélite e lançaremos o serviço em março.
Folha - Os senhores não temem fracassar nessa disputa?
Castro -
A Tecsat está entrando em um setor no qual tem pleno domínio. Ela produz, distribui e instala sistemas de recepção de TV por satélite há 12 anos. Conhecemos o mercado de TV por assinatura porque produzimos antenas e decodificadores para os canais da Globosat durante três anos.
Folha - Quanto custa colocar em funcionamento o sistema de TV paga via satélite?
Castro -
Pelo menos US$ 50 milhões, incluindo a construção da estação de 'up link' (sistema de emissão dos sinais para o satélite) e montagem da rede distribuidora.
Folha - Como os senhores vão vender seu produto no mercado?
Castro -
Vamos usar a rede de distribuição de parabólicas comuns. Os anteneiros vendem 100 mil parabólicas tradicionais por mês. A venda das miniparabólicas está em 20 mil por mês.
Folha - Pelo menos três outros grupos -a KTV, a Editora Três e a TV Record- devem entrar nesse mercado. O que deve acontecer?
Castro -
O preço da TV por assinatura no Brasi é muito alto e vai ter de cair, mas não sei se haverá espaço para tantos operadores.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.