DE BUENOS AIRES

O BC argentino proibiu ontem 27 instituições financeiras de operar no mercado de câmbio. As entidades não informaram, na sexta, a quantidade de dólares que mantinham em seu poder, como passaram a ser obrigadas a fazer.
No início da noite de ontem, sete bancos ainda não tinham regularizado a situação e permaneciam proibidos de operar no câmbio. Com o mercado parado, o valor do dólar ficou estável durante todo o dia e fechou a 2,45 pesos.
Para cumprir a exigência do FMI (Fundo Monetário Internacional) de não intervir mais no câmbio com a venda de dólares, o BC argentino decidiu criar entraves para diminuir a pressão sobre a cotação. Como os bancos estavam entre os principais compradores de dólares nas últimas semanas, o BC criou um teto -5% do patrimônio das entidades financeiras- para limitar a demanda pela moeda. Diretores das duas principais associações de bancos do país -a ABA e a Abappra- se reuniram com o presidente do BC, Mario Blejer, para pedir aumento no teto de 5%.

Começo difícil
A economia argentina encerrará este primeiro trimestre com queda de 13% no seu PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no país) em relação ao mesmo período de 2001. O cálculo é das principais consultorias privadas do país.
A queda da produção industrial no primeiro bimestre, de 17%, apenas dá mais forças às estimativas negativas. (FV)


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