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Unafisco questiona o convênio firmado entre a Receita e a Abir
DA REPORTAGEM LOCAL
Especialistas consultados
pela Folha acreditam que o
convênio entre a Abir (associação que reúne 34 empresas do
setor de refrigerantes) e a Receita Federal pode ser questionado porque foi firmado por
parte das indústrias de bebidas.
"Não cabe apenas a uma parcela do mercado definir procedimentos para instalação dos
medidores de vazão. Cabe ao
Estado atuar com isonomia",
diz Carlos André, presidente
do Unafisco (sindicato que reúne os auditores fiscais).
"Acho positivo o fato de a Receita trabalhar em conjunto
com os contribuintes para discutir medidas que facilitem a
arrecadação e a fiscalização de
determinados setores. Mas, se
a associação que firmou o convênio não abrange todas as indústrias de refrigerantes do
país, então o convênio acaba
sendo parcial. Deveria ser aprimorado para que seja mais
abrangente", afirma o advogado Walter Carlos Cardoso
Henrique, que preside a Comissão Especial de Assuntos
Tributários da OAB-SP.
Para especialistas e fiscais
consultados pela Folha, o convênio entre a Abir e a Receita
discute procedimentos técnicos e, portanto, deveria ter sido
firmado com uma entidade técnica, como o IPT.
(CR e FF)
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