São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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PLANOS DE SAÚDE

Amil já assume direção da Blue Life, que deve adquirir

DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de confirmar apenas o acordo de intenção de compra, divulgado na quarta-feira, na prática, a Amil já assumiu a direção da Blue Life. As empresas de assistência médica não revelam o valor da operação e aguardam conclusão de auditoria, ora em curso, para assinar o contrato em 1º julho, quando "seguirão rigorosamente" os ditames da ANS (Agência Nacional de Saúde).
A Amil assegura que dará continuidade à marca Blue Life e que serão mantidos todos os direitos adquiridos por sua carteira de clientes.
Por lei, o único tipo de alteração permitida em caso de fusão ou aquisição nesse setor é na rede credenciada -desde que informada ostensivamente e com antecedência de, no mínimo, 30 dias. "O cliente deve ficar tranqüilo, e atento também, pois haverá um aumento de usuários na rede. É proibido, por exemplo, mudança no prazo de carência do plano e qualquer alteração fora da normalidade deve ser comunicada à ANS", afirma a advogada Ana Luísa Ariolli da ProTeste, entidade de defesa de direito do consumidor.
Fundadas em 1978 e 1980, pelos médicos Edson Godoy Bueno e Ayres da Cunha Marques, Amil e Blue Life vinham disputando o mercado com participações diferentes. Enquanto a primeira lidera o ranking, com 12 mil funcionários, 1,92 milhão de clientes associados e faturamento de R$ 3 bilhões em 2006, a Blue Life enfrentava dificuldades financeiras e oscilava entre o quinto e o sexto lugar, com 700 funcionários, 150 mil associados e faturamento em torno de R$ 300 milhões.
Em 2006 o problema de caixa se agravou com o atraso de um ano na entrega do hospital Santa Bárbara. Recém-construído, o prédio entrou em funcionamento no fim de 2006, quando há muito venciam dívidas da aquisição de seus equipamentos.


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