São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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EUA dizem que sucessor de Wolfowitz deve sair logo

Casa Branca sinaliza que indicado será americano

DA REDAÇÃO

A Casa Branca reiterou ontem que pretende escolher rapidamente o sucessor de Paul Wolfowitz e não deu sinais de que o próximo presidente do Banco Mundial possa ser um não-americano. Questionado sobre a possibilidade de um estrangeiro comandar o Bird, o porta-voz Tony Fratto respondeu que "tradicionalmente" o escolhido pelos EUA se torna o presidente do organismo.
Por três vezes, Fratto recebeu perguntas de jornalistas sobre o comandante do Bird ser um não-americano e, apenas na última, ele afirmou que "potencialmente" era possível. "É uma escolha do presidente [George W. Bush]."
Pela tradição, os EUA escolhem o presidente do Bird -que precisa ser aprovado pelo conselho do banco-, e os europeus, o comandante do FMI. O Fundo é presidido pelo espanhol Rodrigo de Rato.
Segundo o porta-voz, os EUA assumiram "seriamente" a tarefa querem ter certeza que estão escolhendo "o melhor indivíduo" para o lugar de Wolfowitz. "Queremos alguém que tenha uma paixão por retirar pessoas da pobreza."
A tendência é que os EUA optem por um candidato com um perfil menos político e mais de um administrador experiente, com passagem por bancos, empresas ou universidades.
Com isso, segundo o "New York Times", as especulações iniciais giram em torno de Douglas A. Warner 3º, ex-comandante do JPMorgan Chase, e do economista Richard Levin, reitor da Universidade Yale e uma pessoa próxima a Bush.
Outros que aparecem na lista de cotados são o ex-senador Bill Frist e Robert Zoellick, ex-responsável pelo comércio externo dos EUA e que foi chamado, em 2002, de "sub do sub do sub" pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma das críticas que se fazia a Wolfowitz, que deixa o Bird em 30 de junho, era sobre a sua capacidade gerencial para implementar as mudanças no banco. Para seus críticos, ele adotava posições inflexíveis, não analisava alternativas e marginalizava dissidentes.

Busca
Caberá ao secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, a busca pelo indicado para comandar o Banco Mundial, mas a palavra final será de Bush.
Paulson, que foi cotado pelos jornais para o cargo, disse na quinta-feira que iria consultar seus colegas do resto do mundo sobre o sucessor de Wolfowitz e, segundo a Secretaria do Tesouro, já iniciou a as conversas.
O vice de Paulson, Robert Kimmitt (também cogitado), está na Alemanha para a reunião do G8 e tratou do assunto com os ministros das Finanças dos oito países mais desenvolvidos do mundo.
O Prêmio Nobel de Economia e ex-vice-presidente do Banco Mundial, Joseph Stiglitz, disse que o nome do premiê britânico, Tony Blair, que está deixando o cargo, certamente foi discutido, mas que seria melhor para o Bird a escolha de "alguém com experiência real de desenvolvimento".


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