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EUA dizem que sucessor de Wolfowitz deve sair logo
Casa Branca sinaliza que indicado será americano
DA REDAÇÃO
A Casa Branca reiterou ontem que pretende escolher rapidamente o sucessor de Paul
Wolfowitz e não deu sinais de
que o próximo presidente do
Banco Mundial possa ser um
não-americano. Questionado
sobre a possibilidade de um estrangeiro comandar o Bird, o
porta-voz Tony Fratto respondeu que "tradicionalmente" o
escolhido pelos EUA se torna o
presidente do organismo.
Por três vezes, Fratto recebeu perguntas de jornalistas
sobre o comandante do Bird ser
um não-americano e, apenas
na última, ele afirmou que "potencialmente" era possível. "É
uma escolha do presidente
[George W. Bush]."
Pela tradição, os EUA escolhem o presidente do Bird
-que precisa ser aprovado pelo
conselho do banco-, e os europeus, o comandante do FMI. O
Fundo é presidido pelo espanhol Rodrigo de Rato.
Segundo o porta-voz, os EUA
assumiram "seriamente" a tarefa querem ter certeza que estão escolhendo "o melhor indivíduo" para o lugar de Wolfowitz. "Queremos alguém que
tenha uma paixão por retirar
pessoas da pobreza."
A tendência é que os EUA optem por um candidato com um
perfil menos político e mais de
um administrador experiente,
com passagem por bancos, empresas ou universidades.
Com isso, segundo o "New
York Times", as especulações
iniciais giram em torno de Douglas A. Warner 3º, ex-comandante do JPMorgan Chase, e do
economista Richard Levin, reitor da Universidade Yale e uma
pessoa próxima a Bush.
Outros que aparecem na lista
de cotados são o ex-senador
Bill Frist e Robert Zoellick, ex-responsável pelo comércio externo dos EUA e que foi chamado, em 2002, de "sub do sub do
sub" pelo então candidato Luiz
Inácio Lula da Silva.
Uma das críticas que se fazia
a Wolfowitz, que deixa o Bird
em 30 de junho, era sobre a sua
capacidade gerencial para implementar as mudanças no
banco. Para seus críticos, ele
adotava posições inflexíveis,
não analisava alternativas e
marginalizava dissidentes.
Busca
Caberá ao secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson,
a busca pelo indicado para comandar o Banco Mundial, mas
a palavra final será de Bush.
Paulson, que foi cotado pelos
jornais para o cargo, disse na
quinta-feira que iria consultar
seus colegas do resto do mundo
sobre o sucessor de Wolfowitz
e, segundo a Secretaria do Tesouro, já iniciou a as conversas.
O vice de Paulson, Robert
Kimmitt (também cogitado),
está na Alemanha para a reunião do G8 e tratou do assunto
com os ministros das Finanças
dos oito países mais desenvolvidos do mundo.
O Prêmio Nobel de Economia e ex-vice-presidente do
Banco Mundial, Joseph Stiglitz, disse que o nome do premiê britânico, Tony Blair, que
está deixando o cargo, certamente foi discutido, mas que
seria melhor para o Bird a escolha de "alguém com experiência real de desenvolvimento".
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