UOL


São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corte da taxa poderia ter sido de um ponto percentual, afirma Mantega

SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, acredita em reduções sucessivas da taxa de juros básica daqui para a frente. Sem criticar a decisão do Copom, Mantega disse que a queda da taxa poderia ter sido maior. "Foi meio [ponto percentual]. Podia ter sido um. Mas o que vale é que houve uma queda. Vamos esperar novas reduções", comentou.
Segundo Mantega, o Copom deve reduzir as taxas de juros a partir de agora -a próxima reunião é em julho. Questionado sobre a possibilidade de reduções consecutivas, o ministro disse: "Parece-me que estão apontando nessa direção".
Em seguida, ressalvou que novas reduções dependem, é claro, da continuidade da trajetória de queda da inflação. "Não vamos nos precipitar."
Para Mantega, a decisão de ontem foi "um ponto de inflexão" na política monetária. "Demonstra que o Copom verificou que está sendo vencida a luta contra a inflação. Tivemos sinais nos preços do atacado e nos do varejo."
O ministro disse que a redução dos juros é condição para a volta do processo de crescimento. Nos últimos dias, assessores do ministro se mostraram preocupados com a queda de 4,2% na atividade industrial em abril.
A projeção de crescimento para 2003 é de 2,25% na Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas, dentro do governo, já foi revista para 2% e alguns estimam que poderá ficar próxima de 1,8%.

Alencar
Depois de convocar uma mobilização nacional contra os juros altos enquanto ocupava interinamente a Presidência da República anteontem, o vice-presidente, José Alencar, passou o dia ontem sem fazer declarações públicas sobre a decisão do Copom.


Texto Anterior: Palocci promete esforço para juro cair mais
Próximo Texto: Lula afirma que inflação não é o "bicho-papão"
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.