DO ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu a redução da taxa básica de juros ao fato de que "a inflação já não é mais um bicho-papão" e retomou a idéia de que, logo, o país assistirá ao que ele definiu como espetáculo de crescimento.
"A economia do Brasil vai para a frente. A confiabilidade que conquistamos mostra isso e não tem por que retroceder", entusiasmou-se o presidente, durante a entrevista coletiva de encerramento da 24ª Cúpula do Mercosul, ao lado dos presidentes dos três outros países do bloco e dos dois associados.
Também o presidente venezuelano Hugo Chávez, que quer ser parte do Mercosul, participou da entrevista. Era o único que tinha uma tradutora ao lado enquanto Lula falava em português.
O presidente disse que seu governo "buscou o crescimento desde o dia 1º de janeiro", quando tomou posse, e aproveitou para mais uma cutucada em seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
"Fico imaginando que, se a reunião que fizemos hoje (ontem) tivesse sido feita em dezembro do ano passado, não teria o clima de otimismo que temos aqui entre todos os presidentes", afirmou.
Depois disse que seu governo fez o que entendia ser necessário "para preparar o Brasil para começar a crescer".
Animou-se a dizer que as mudanças em "países importantes do Mercosul (obviamente Argentina e Brasil) criam condições para que o crescimento comece a acontecer em vários países". (CR)


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