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São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2003

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Tucano diz que queda poderia ter sido maior

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os líderes dos principais partidos de oposição no Senado, PFL e PSDB, reagiram de forma diferente à queda de meio ponto percentual da taxa de juros.
Para o líder tucano, Arthur Virgílio (AM), o governo foi "extremamente conservador", porque a queda, segundo ele, poderia ser de dois pontos percentuais. Já o líder pefelista, José Agripino (RN), considerou a decisão do Copom "melhor do que nada".
"Esperava uma queda de dois pontos percentuais, porque cabia isso. Eles foram extremamente conservadores. O país está num processo de deflação e à beira de um processo recessivo, seja tecnicamente, seja o que a gente já constata de fato, que é a retração da economia real", disse Virgílio.
Para o tucano, o PT passou do "ódio ao FMI [Fundo Monetário Internacional] para uma subserviência ortodoxa jamais vista na história do país". Ele avalia que o governo, embora tenha sido competente na área econômica, não está mostrando confiança em suas próprias ações.
"Não estão fazendo fé no próprio taco. Fizeram um belo trabalho macroeconômico, conseguiram fazer uma reversão positiva de indicadores e não estão acreditando que fizeram isso. Estão inseguros no ringue. Pecaram por falta de confiança neles próprios."
Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Júnior (BA), "a pressão popular e o bom senso fizeram o governo sair da inércia" e reduzir ontem a taxa de juros. "Talvez a redução pudesse ser maior, mas o fato de já ter saído da inércia é um bom sinal."


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