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Tucano diz que queda poderia ter sido maior
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os líderes dos principais partidos de oposição no Senado, PFL e
PSDB, reagiram de forma diferente à queda de meio ponto percentual da taxa de juros.
Para o líder tucano, Arthur Virgílio (AM), o governo foi "extremamente conservador", porque a
queda, segundo ele, poderia ser de
dois pontos percentuais. Já o líder
pefelista, José Agripino (RN),
considerou a decisão do Copom
"melhor do que nada".
"Esperava uma queda de dois
pontos percentuais, porque cabia
isso. Eles foram extremamente
conservadores. O país está num
processo de deflação e à beira de
um processo recessivo, seja tecnicamente, seja o que a gente já
constata de fato, que é a retração
da economia real", disse Virgílio.
Para o tucano, o PT passou do
"ódio ao FMI [Fundo Monetário
Internacional] para uma subserviência ortodoxa jamais vista na
história do país". Ele avalia que o
governo, embora tenha sido competente na área econômica, não
está mostrando confiança em
suas próprias ações.
"Não estão fazendo fé no próprio taco. Fizeram um belo trabalho macroeconômico, conseguiram fazer uma reversão positiva
de indicadores e não estão acreditando que fizeram isso. Estão inseguros no ringue. Pecaram por
falta de confiança neles próprios."
Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Jutahy Júnior (BA),
"a pressão popular e o bom senso
fizeram o governo sair da inércia"
e reduzir ontem a taxa de juros.
"Talvez a redução pudesse ser
maior, mas o fato de já ter saído
da inércia é um bom sinal."
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