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NO VERMELHO
Selic foi responsável por R$ 7 bi do total; câmbio, por R$ 2,8 bi
Dívida pública sobe R$ 16 bi em maio
SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O impacto da taxa de juros básica na dívida do governo em mercado foi de R$ 7 bilhões em maio,
quando foi mantida em 26,5% ao
ano. No total, a dívida subiu R$
16,35 bilhões entre abril e maio,
chegando a R$ 660,76 bilhões.
A taxa básica pesa muito na dívida porque corrige 50,98% do total. Em maio, devido a desvalorização do real de 2,77%, a parcela
da dívida corrigida pelo dólar
também cresceu R$ 2,8 bilhões.
Mas uma parte do aumento foi
causada pela ação direta do governo, que vem aproveitando a
tranquilidade atual do mercado
financeiro para alongar os prazos
de vencimento da dívida. Isso gerou uma emissão de títulos públicos de R$ 3,2 bilhões em maio. Essa foi a emissão líquida, ou seja,
acima da rolagem dos papéis que
venceram no período.
O coordenador da Dívida Pública, Paulo Valle, disse que o mercado financeiro está aos poucos voltando à normalidade após a crise
do final do ano passado.
Ele destacou que, em junho, pela primeira vez desde setembro de
2001, o Tesouro Nacional conseguiu vender títulos com vencimento superior a quatro anos.
De acordo com o chefe do Departamento de Mercado Aberto
do Banco Central, Sérgio Goldenstein, os fundos de investimento já captaram cerca de R$ 30
bilhões neste ano após uma perda
de R$ 70 bilhões no ano passado.
Outro sinal positivo é o aumento das atividades no mercado secundário, que são as transações
de títulos do governo entre as instituições. Foram vendidos R$ 10,4
bilhões em títulos, o maior volume desde junho de 2000.
Como o mercado vem apostando em uma queda acentuada da
taxa de juros no futuro, há muita
negociação em torno dos títulos
prefixados (que têm correção previamente acertada).
Por exemplo, existem títulos
prefixados com vencimento em
janeiro de 2004 com taxas de
26,8% ao ano. Mas a taxa básica
baixou para 26% ao ano.
A negociação dos títulos prefixados no mercado secundário aumentou 43% em maio em relação
a abril.
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