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Estudo sugere "megaconcessionárias"
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A forte retração nos negócios
das montadoras de automóveis
põe em evidência a crise nas concessionárias. Com vendas em declínio e margens esmagadas, as
revendas precisam iniciar um
processo urgente de reestruturação. Mas há resistências dentro do
próprio setor.
A análise faz parte de um estudo
de Glauco Arbix, presidente do
Ipea, e de João Paulo Veiga, professor da Faculdade Trevisan.
O levantamento, nas mãos da
Fenabrave, entidade que representa as lojas, sugere que sejam
criadas rapidamente as chamadas
"megaconcessionárias" no país.
Existentes nos EUA, elas vendem
de 800 a 1.500 carros por mês. No
Brasil, redes de grande porte vendem de 200 a 300 carros, em média, mensalmente.
"A formação de grandes grupos
possibilitará não só ganhos de escala como aumentará o poder de
todo o setor nas negociações de
novos acordos com as montadoras", segundo os professores.
Na avaliação de gerentes de revendas, parcerias precisam de investimento pesado e têm um risco
inicial alto. "Principalmente se for
para atuar num mercado consumidor que muda de humor como
o nosso", diz Oswaldo Caldeiras,
gerente da revenda Pompéia.
Com renda em queda, as vendas
do setor caem. Mas cresce o número de lojas. Como Renault e
Peugeot reforçaram a estratégia
de expansão no país, aumentou a
abertura de revendas.
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