São Paulo, domingo, 19 de agosto de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DESAQUECIMENTO

No início do ano, antes das turbulências, setor previa crescimento na mesma taxa da economia do país

Construção espera crescer metade do PIB

DA REPORTAGEM LOCAL

No início deste ano, a indústria da construção previa crescer o mesmo que o PIB nacional, entre 4% e 4,5% sobre o ano passado.
Agora, as estimativas são outras. Com o esfriamento da economia, os empresários do setor prevêem um crescimento 50% menor do que o do PIB nacional.
Se a expansão do PIB nacional ficar em torno de 2% neste ano, como prevêem alguns economistas, a construção civil cresce 1%. No ano passado, o PIB do setor cresceu 2,1%. Em 99, caiu 3,2%.
As construtoras querem criar uma Bolsa para o comércio de energia elétrica entre elas. A estratégia é ter um mercado próprio para que as empresas possam oferecer energia quando as obras estão no início e obter eletricidade quando elas estão em fase final.
A Bolsa de Energia do setor da construção será discutida numa reunião entre executivos de construtoras na próxima quinta-feira.
Artur Quaresma, presidente do Sinduscon, sindicato que reúne a indústria paulista da construção, diz que o governo já deu sinal verde para a execução do projeto.
"A idéia é formar um grupo que esteja disposto a oferecer energia elétrica quando tem de sobra e obter eletricidade quando precisar", afirma Quaresma.
A decisão do governo de não cortar a luz da indústria e do comércio, diz ele, deve amenizar o impacto da crise de energia na economia e também nos custos.
A cobrança de sobretaxas para quem ultrapassa a meta de consumo, no entanto, afirma, ainda é um custo que precisa ser gerenciado pelas construtoras.
(FÁTIMA FERNANDES)


Texto Anterior: Desaceleração: Construção civil sente a freada do PIB
Próximo Texto: Português investe R$ 700 mi em shopping
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.