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DESAQUECIMENTO
No início do ano, antes das turbulências, setor previa crescimento na mesma taxa da economia do país
Construção espera crescer metade do PIB
DA REPORTAGEM LOCAL
No início deste ano, a indústria
da construção previa crescer o
mesmo que o PIB nacional, entre
4% e 4,5% sobre o ano passado.
Agora, as estimativas são outras. Com o esfriamento da economia, os empresários do setor
prevêem um crescimento 50%
menor do que o do PIB nacional.
Se a expansão do PIB nacional
ficar em torno de 2% neste ano,
como prevêem alguns economistas, a construção civil cresce 1%.
No ano passado, o PIB do setor
cresceu 2,1%. Em 99, caiu 3,2%.
As construtoras querem criar
uma Bolsa para o comércio de
energia elétrica entre elas. A estratégia é ter um mercado próprio
para que as empresas possam oferecer energia quando as obras estão no início e obter eletricidade
quando elas estão em fase final.
A Bolsa de Energia do setor da
construção será discutida numa
reunião entre executivos de construtoras na próxima quinta-feira.
Artur Quaresma, presidente do
Sinduscon, sindicato que reúne a
indústria paulista da construção,
diz que o governo já deu sinal verde para a execução do projeto.
"A idéia é formar um grupo que
esteja disposto a oferecer energia
elétrica quando tem de sobra e
obter eletricidade quando precisar", afirma Quaresma.
A decisão do governo de não
cortar a luz da indústria e do comércio, diz ele, deve amenizar o
impacto da crise de energia na
economia e também nos custos.
A cobrança de sobretaxas para
quem ultrapassa a meta de consumo, no entanto, afirma, ainda é
um custo que precisa ser gerenciado pelas construtoras.
(FÁTIMA FERNANDES)
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