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NEGÓCIOS
Aquisições registram aumento
Retomada incentiva fusão de empresas
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O movimento de fusões e aquisições de empresas começa a deslanchar, puxado pelo crescimento
da economia e pelo aumento dos
investimentos estrangeiros em
operações de compra de controle
de empresas locais.
Segundo pesquisa da PricewaterhouseCoopers foram fechados
188 negócios nos primeiros sete
meses do ano, o mesmo patamar
de igual período de 2003. A projeção da consultoria é de um total
de 400 transações no ano. "Dessa
forma, voltaremos ao patamar de
2002", diz Raul Beer, sócio da empresa.
As fusões e aquisições vinham
em banho-maria desde janeiro
mas aceleraram em junho e julho.
Nos dois últimos dois meses foram fechados 69 negócios contra
55 em igual período do ano passado. "Foram os meses da virada",
diz Beer.
Segundo ele, a reativação dos
negócios vinha sendo percebida
desde o início do segundo trimestre, quando a área de assessoria a
fusões e aquisições da PwC viu
aumentar o número de consultas
de investidores, principalmente
estrangeiros.
Segundo a pesquisa da PwC,
58% das transações realizadas nos
sete primeiros meses do ano foram operações de compra de controle de empresas. No total, foram
109 aquisições de controle, sendo
47 por empresas estrangeiras -o
mesmo patamar de 2001.
Os investimentos estrangeiros
nesse tipo de operação cresceram
50% no período, invertendo a
tendência declinante que vinha
desde 1999. "As multinacionais
retomam seus investimentos em
fusões e aquisições, como uma
forma mais rápida de entrar no
país e desenvolver mercado do
que partindo do zero e implantando uma empresa nova", diz.
Embora a atual reação dos investimentos em fusões e aquisições seja animadora, ela se dá em
cima de uma base fraca, afirma
Antônio Corrêa de Lacerda, presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas
Transnacionais e da Globalização
Econômica).
Beer admite que a base de comparação da retomada atual é frágil, pois nos sete primeiros meses
do ano passado foram registrados
190 negócios, enquanto em igual
período de 2002 quando ocorreram 247 transações. No entanto,
ele argumenta que em 2002 as fusões e aquisições caíram num tobogã a partir de agosto, despencando mês a mês. "Agora estamos
invertendo essa curva."
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