São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 2002

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Opep não deve elevar oferta, e petróleo sobe

DA REDAÇÃO

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) não deverá ampliar sua produção, como gostariam os EUA e outros países industrializados que dependem do petróleo importado. A decisão oficial só sairá hoje, em um reunião em Osaka (Japão), mas autoridades adiantaram ontem que vão manter as atuais cotas, e a oferta do cartel continuará no menor nível em 11 anos.
As cotações estão perto do maior valor desde o início do ano passado, e, se a Opep não abrir suas torneiras, os preços não deverão ceder tão cedo. Para o cartel, não há falta de produto, o que não justifica um maior bombeamento. Os preços, diz a Opep, estão elevados por causa do medo de que haja uma queda no fornecimento em caso de uma nova guerra no golfo Pérsico, como ocorreu em 1991 -naquela época, as cotações explodiram para mais de US$ 40.
Ontem, o preço do barril subiu 1,38% na Bolsa Mercantil de Nova York e fechou cotado a US$ 29,48. Em Londres, na Bolsa Internacional do Petróleo, a cotação ficou em US$ 28,31, alta de 1,22%.
O petróleo está sob a pressão de uma provável campanha militar dos EUA contra o Iraque, o que traria consigo um elevado risco de prejudicar o escoamento da produção do Oriente Médio, de onde sai metade do óleo exportado no mundo.
Pesa ainda o fato de que as reservas internacionais têm caído. Nesta época do ano, os estoques normalmente sobem, à espera do aumento de consumo durante o inverno no hemisfério Norte.
A Opep começou a cortar a oferta no final de 2000, para evitar uma desvalorização acentuada. Com a recessão global, o barril chegou a cair abaixo de US$ 20.


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