São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 2002

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AGRICULTURA

Medida detém preço

Importação de milho pode ter tarifa zerada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo quer zerar a alíquota de importação do milho para garantir o abastecimento normal do produto no país, segundo o secretário executivo da Camex (Câmara de Comércio Exterior), Robério Silva. A escassez do produto no mercado tem provocado aumento nos preços do milho e de produtos de cadeias produtivas que usam o grão como insumo.
Atualmente, o milho importado de fora da zona do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) paga uma alíquota de 9,5% para entrar no país. A tarifa só pode ser modificada se houver consenso entre os quatro países.
Segundo Silva, o Brasil vai propor aos seus parceiros que deixem de cobrar o Imposto de Importação sobre o milho. A isenção seria válida para a importação de no máximo 1 milhão de toneladas. Ele não disse de onde o milho será importado.
Se os sócios brasileiros no Mercosul recusarem a proposta, Silva afirmou que o produto será incluído na lista de exceção do Brasil, um instrumento que permite aos sócios do Mercosul praticarem tarifas de importação diferentes das estabelecidas na TEC (Tarifa Externa Comum do Mercosul), sem precisar de autorização dos demais países.

Frango
O ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, ameaçou ontem entrar com uma queixa contra os EUA na OMC (Organização Mundial do Comércio), por causa da barreira sanitária imposta pelo Canadá ao frango brasileiro.
Segundo o ministro, o Canadá -país com o qual o Brasil tem um acordo sanitário para vender cortes de frango- barrou o produto depois de pressões dos EUA.
Os EUA acusam o frango brasileiro de estar contaminado pela doença de New Castle -uma espécie de febre. Pratini rebate: "Não é verdade. Nosso frango é muito mais sadio e competitivo do que o deles."


Colaborou Pedro Soares, da Sucursal do Rio


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