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DEPOIS DO APAGÃO
Indústrias do país já gastam mais eletricidade do que em 2001; consumidor residencial ainda economiza
Exportação impulsiona consumo de energia
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O consumo de energia elétrica
industrial aumentou em setembro. Segundo relatório da Eletrobrás, o consumo da indústria tem
"recuperação lenta, mas firme,
impulsionado notadamente pelas
atividades ligadas à exportações".
Em setembro, o consumo industrial cresceu 13% na comparação com o mesmo mês de 2001.
Com esse resultado, o consumo
acumulado desde janeiro registrou aumento de 1,2% ante o mesmo período do ano passado.
Foi a primeira vez, desde o fim
do racionamento, em fevereiro,
que no acumulado do ano há recuperação no uso de energia em
uma classe de consumo. Em todas
as outras classes -residencial,
comercial e "outros"-, o consumo entre janeiro e setembro ainda é menor que no ano passado.
O texto elaborado pelo departamento de mercado da estatal cita
que a "a desvalorização cambial
tem ajudado a recuperação do
consumo no país, principalmente
pelo efeito multiplicador das exportações na economia nacional".
A região Sudeste foi a única onde o consumo de energia continua menor no acumulado do ano
em todas as classes de consumo,
inclusive a indústria. O consumo
da indústria no Sudeste entre janeiro e setembro está 2,2% menor
do que o mesmo período de 2001.
Além da indústria, a Eletrobrás
detectou que, desde junho, o comércio tem aumentado seu consumo de energia. Em setembro, o
consumo do comércio foi 16,3%
maior que no mesmo mês do ano
passado. No acumulado do ano,
no entanto, o consumo do comércio ainda está 2,9% menor do que
no mesmo período de 2001.
O relatório do departamento de
mercado da Eletrobrás demonstra que houve aumento de 14,2%
no consumo geral de energia em
setembro, em relação ao mesmo
mês de 2001. O aumento aconteceu em todas as classes. No acumulado do ano, no entanto, o
consumo ainda é 1,9% menor.
O resultado foi menor do que o
esperado pela Eletrobrás porque
os consumidores residenciais
continuam economizando mais
energia do que o esperado após o
fim do racionamento. De acordo
com o texto do relatório, o baixo
consumo da classe residencial foi
causado por baixas temperaturas
registradas até setembro.
Em setembro, a classe residencial apresentou consumo 14,8%
maior. No acumulado do ano, no
entanto, o consumo ainda é 7,2%
menor. Segundo o relatório, mesmo com o calor do final do ano, o
consumo residencial deve ser menor do que em 2001.
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