São Paulo, terça, 20 de janeiro de 1998.



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'Chaebols' coreanos suspendem projetos

das agências internacionais

Os três maiores conglomerados da Coréia do Sul, Hyundai, Samsung e LG, anunciaram ontem planos de suspender projetos no país e no exterior.
A decisão de adotar os cortes se deu após encontro realizado na última semana com o presidente eleito, Kim Dae Jung. Kim pediu que os grandes conglomerados do país, conhecidos como "chaebols", eliminassem práticas que, segundo ele, contribuíam para agravar o endividamento do país.
Dívidas de empresas sul-coreanas -que se tornaram difíceis de pagar com a desvalorização da moeda local e a estagnação da economia- levaram o país a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no final de 1997.
O socorro financeiro ao país, definido em dezembro do ano passado, será de ao menos US$ 57 bilhões.
A Hyundai, o principal conglomerado sul-coreano, anunciou que vai cancelar mais de US$ 7 bilhões em projetos.
Um dos projetos é o do carro indonésio, que envolvia investimentos de US$ 400 milhões. O maior dos projetos, o de uma nova unidade na Coréia do Sul, chegava aos US$ 5,8 bilhões.
Outros projetos cancelados pela Hyundai foram o de uma nova unidade no Reino Unido e o de um escritório na China, que somavam investimentos de US$ 1 bilhão.
A Hyundai, que atua nos setores automotivo, eletrônico, financeiro, naval e de construção, afirmou que venderá ou promoverá fusões em negócios considerados não lucrativos.
Diretores da empresa não disseram, no entanto, quais de suas 50 subsidiárias poderão ser eliminadas.
Demissões
O grupo LG, o terceiro maior do país, afirmou que vai liquidar unidades e departamentos nos próximos dois anos. O LG possui 53 subsidiárias nos setores de telecomunicações, semicondutores e químico.
O grupo Samsung deverá enxugar filiais na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, o que deve incluir a demissão de ao menos um quinto de seus funcionários.



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