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TELEFONIA CELULAR
Alta dos juros e do dólar eleva prejuízo em 2,4% sobre 2001
Telesp Celular perde R$ 1,1 bi em 2002
DA FOLHA ONLINE
A alta dos juros e a desvalorização do real prejudicaram o resultado da Telesp Celular Participações, que encerrou o ano de 2002
com prejuízo de R$ 1,140 bilhão.
O resultado representa um aumento de 2,4% em relação às perdas de 2001, que somaram R$
1,113 bilhão.
A Telesp Celular Participações
-que faz parte do grupo Portugal Telecom- controla a Telesp
Celular, que atua em São Paulo e é
a maior operadora de telefonia
móvel do Brasil, e também a Global Telecom, que opera a banda B
em Santa Catarina e no Paraná.
As despesas da empresa com os
contratos de hedge (proteção)
obrigaram a Telesp Celular Participações a fazer um ajuste de R$
264 milhões no seu balanço, o que
aumentou as perdas.
A receita da empresa no ano
passado foi de R$ 3,39 bilhões, alta de 15,1% ante os R$ 2,94 bilhões
do ano anterior. No quarto trimestre, o prejuízo líquido da Telesp Celular Participações foi de
R$ 580 milhões, ante R$ 92,1 milhões nos três meses anteriores
-ou seja, as perdas cresceram
529% no período.
A empresa também informou
que o número de clientes entre
2001 e 2002 aumentou 18,7%, de
5,10 milhões para 6,06 milhões.
Desses, 1,426 milhão é usuário de
celulares pós-pagos, e 4,634 milhões, de pré-pagos.
Joint venture
As empresas da joint venture
Brasilcel (união da Telesp Celular
com a Telefónica Móviles) que
pertencem à Telefônica Celular
fecharam 2002 com resultado positivo. O lucro da Tele Sudeste Celular (RJ e ES) caiu 13,8% -de R$
162,914 milhões para R$ 140,376
milhões. O da CRT Celular (RS)
cresceu 43,4%, de R$ 102,9 milhões para R$ 147,6 milhões. A exceção foi a Tele Leste Celular (BA
e SE), que saiu de um lucro de R$
6 milhões em 2001 para um prejuízo de R$ 5,107 milhões.
Tarifa
A Telesp Celular decidiu adiar o
reajuste das tarifas do plano básico pós-pago em pelo menos um
mês. Além disso, a companhia informou que não vai aplicar integralmente o percentual de 21,95%
autorizado pela Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações).
Segundo o presidente da operadora, Gilson Rondinelli, as tarifas
do plano básico no Estado de São
Paulo continuam em promoção
até o fim deste mês. Após esse período, a empresa vai avaliar se
aplicará o reajuste.
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