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São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

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TELEFONIA CELULAR

Alta dos juros e do dólar eleva prejuízo em 2,4% sobre 2001

Telesp Celular perde R$ 1,1 bi em 2002

DA FOLHA ONLINE

A alta dos juros e a desvalorização do real prejudicaram o resultado da Telesp Celular Participações, que encerrou o ano de 2002 com prejuízo de R$ 1,140 bilhão. O resultado representa um aumento de 2,4% em relação às perdas de 2001, que somaram R$ 1,113 bilhão.
A Telesp Celular Participações -que faz parte do grupo Portugal Telecom- controla a Telesp Celular, que atua em São Paulo e é a maior operadora de telefonia móvel do Brasil, e também a Global Telecom, que opera a banda B em Santa Catarina e no Paraná.
As despesas da empresa com os contratos de hedge (proteção) obrigaram a Telesp Celular Participações a fazer um ajuste de R$ 264 milhões no seu balanço, o que aumentou as perdas.
A receita da empresa no ano passado foi de R$ 3,39 bilhões, alta de 15,1% ante os R$ 2,94 bilhões do ano anterior. No quarto trimestre, o prejuízo líquido da Telesp Celular Participações foi de R$ 580 milhões, ante R$ 92,1 milhões nos três meses anteriores -ou seja, as perdas cresceram 529% no período.
A empresa também informou que o número de clientes entre 2001 e 2002 aumentou 18,7%, de 5,10 milhões para 6,06 milhões. Desses, 1,426 milhão é usuário de celulares pós-pagos, e 4,634 milhões, de pré-pagos.

Joint venture
As empresas da joint venture Brasilcel (união da Telesp Celular com a Telefónica Móviles) que pertencem à Telefônica Celular fecharam 2002 com resultado positivo. O lucro da Tele Sudeste Celular (RJ e ES) caiu 13,8% -de R$ 162,914 milhões para R$ 140,376 milhões. O da CRT Celular (RS) cresceu 43,4%, de R$ 102,9 milhões para R$ 147,6 milhões. A exceção foi a Tele Leste Celular (BA e SE), que saiu de um lucro de R$ 6 milhões em 2001 para um prejuízo de R$ 5,107 milhões.

Tarifa
A Telesp Celular decidiu adiar o reajuste das tarifas do plano básico pós-pago em pelo menos um mês. Além disso, a companhia informou que não vai aplicar integralmente o percentual de 21,95% autorizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Segundo o presidente da operadora, Gilson Rondinelli, as tarifas do plano básico no Estado de São Paulo continuam em promoção até o fim deste mês. Após esse período, a empresa vai avaliar se aplicará o reajuste.


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