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São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

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Ex-diretor não vê problema em dar assessoria

DO PAINEL S.A.

O ex-presidente do BNDES José Pio Borges afirma que não se sente constrangido pelo fato de assessorar a AES nas negociações para o pagamento da dívida com o BNDES, apesar de ter estado a frente do banco quando a empresa contraiu o empréstimo.
A AES, ao comprar a Eletropaulo, tomou um empréstimo de R$ 1 bilhão com o BNDES, em abril de 1998, correspondente a 50% do valor da compra da Eletropaulo. Na época, o banco era presidido por Pio Borges.
Há algumas semanas, a AES convidou Pio Borges para fazer parte de um conselho de consultores para assessorar a empresa nas negociações com o BNDES.
Pio Borges disse que ainda não assinou o contrato com a AES para o trabalho de assessoria, mas, a seu ver, não há nenhum impedimento ético para o trabalho. "Já se passaram muitos anos, e a empresa quer encontrar uma solução para pagar a dívida com o BNDES."
Segundo Pio Borges, "se a AES não estivesse disposta a pagar a dívida, eu não aceitaria fazer esse trabalho". Ele alega também que o empréstimo que a AES tomou no banco estatal foi regular. Todas as empresas, segundo ele, adquiriram o mesmo empréstimo na privatização.
(GUILHERME BARROS)


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