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Ex-diretor não
vê problema em
dar assessoria
DO PAINEL S.A.
O ex-presidente do
BNDES José Pio Borges afirma que não se sente constrangido pelo fato de assessorar a AES nas negociações
para o pagamento da dívida
com o BNDES, apesar de ter
estado a frente do banco
quando a empresa contraiu
o empréstimo.
A AES, ao comprar a Eletropaulo, tomou um empréstimo de R$ 1 bilhão com
o BNDES, em abril de 1998,
correspondente a 50% do
valor da compra da Eletropaulo. Na época, o banco era
presidido por Pio Borges.
Há algumas semanas, a
AES convidou Pio Borges
para fazer parte de um conselho de consultores para assessorar a empresa nas negociações com o BNDES.
Pio Borges disse que ainda
não assinou o contrato com
a AES para o trabalho de assessoria, mas, a seu ver, não
há nenhum impedimento
ético para o trabalho. "Já se
passaram muitos anos, e a
empresa quer encontrar
uma solução para pagar a dívida com o BNDES."
Segundo Pio Borges, "se a
AES não estivesse disposta a
pagar a dívida, eu não aceitaria fazer esse trabalho". Ele
alega também que o empréstimo que a AES tomou no
banco estatal foi regular. Todas as empresas, segundo
ele, adquiriram o mesmo
empréstimo na privatização.
(GUILHERME BARROS)
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