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COMÉRCIO EXTERNO
MP impediria abusos
Brasil defende na OMC restrição à importação
CLAUDINÊ GONÇALVES
especial para a Folha, de Genebra
O governo brasileiro aparentemente não convenceu representantes da UE, EUA, Japão, Coréia
do Sul, Austrália e Suíça de que as
regras vigentes sobre o financiamento de importações a curto
prazo são conformes aos acordos
do comércio internacional.
A primeira reunião formal sobre
o assunto ocorreu ontem em Genebra, no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio).
O Brasil argumenta que a MP
(medida provisória) nš 1.569, de
março de 97, é de caráter estritamente financeiro e não comercial.
Parte dos financiamentos de importação eram contraídos no exterior, a juros baixos, e aplicados no
mercado financeiro, a juros altos,
gerando capital de giro antes de
serem reembolsados. A MP 1.569,
fixando prazos mais curtos de
reembolso, evitaria esses abusos.
Os parceiros do Brasil, acham
que trata-se de uma questão comercial, pois inibe as exportações,
aumentando custos. Nas próximas duas ou três semanas, o Brasil
vai apresentar sua argumentação
por escrito.
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