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Petrobras prevê investir R$ 390 bilhões até 2014
Antigo plano de negócios da companhia projetava R$ 174 bi de 2009 a 2012
Estatal não detalha quais projetos receberão os investimentos nem quais empreendimentos foram excluídos dos planos
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras anunciou ontem
a aprovação do seu novo Plano
de Negócios, que prevê investimentos entre US$ 200 bilhões
e US$ 220 bilhões de 2010 a
2014 -em reais, algo entre R$
360 bilhões e R$ 390 bilhões.
O plano antigo projetava R$
174 bilhões de 2009 a 2012. No
limite inferior, a estatal alocará
15% a mais em seus novos negócios. No superior, os gastos
crescerão 26%.
A estatal não detalhou, porém, os projetos que estão incluídos no plano nem quais deixaram de ser viáveis. Tampouco informou se alguns foram
revistos -como o Comperj, refinaria petroquímica que passa
por reavaliação de projeto e deve ter seu custo ampliado.
Para o primeiro ano, estão reservados R$ 88,5 bilhões -42%
vão para a área de exploração e
produção e 38% para a de abastecimento. Em 2009, a Petrobras investiu R$ 79,8 bilhões.
Se concretizada a meta, haverá
uma expansão de 25% de um
ano para o outro.
Neste ano eleitoral, a Petrobras também separou uma lista
de projetos a serem apresentados ao governo para inclusão
no chamado PAC 2 (Plano de
Aceleração do Crescimento 2).
A cifra a ser levada para o Executivo soma R$ 265 bilhões entre 2011 e 2014.
Segundo Almir Barbassa, diretor financeiro da Petrobras,
não foi divulgado o valor fechado do novo plano de investimentos porque alguns projetos
ainda estão sob análise.
O executivo disse que todos
os princípios básicos do plano
atual estão mantidos. A estatal
admite uma alavancagem financeira -dívida total sobre o
patrimônio da companhia-
entre 25% e 35%.
Segundo Barbassa, o plano
tem algumas condicionantes. A
primeira é que a estatal estima
uma "curva ascendente" do
preço do petróleo nos próximos anos -oscilação entre US$
62 e US$ 77 o barril, na projeção da companhia. Hoje, está
no patamar de US$ 80 o barril.
O plano também dependerá
do resultado da capitalização
do governo na companhia
-que ainda precisa de aprovação do Congresso- e das condições de financiamento.
No ano passado, a Petrobras
captou no mercado o valor recorde de R$ 74 bilhões, principalmente do BNDES (R$ 25 bilhões, o maior volume), do
Eximbank dos EUA e do governo chinês -US$ 10 bilhões em
troca da garantia de suprimento de petróleo.
A União vai ceder à Petrobras
R$ 5 bilhões em reservas de petróleo ainda não licitadas, nas
áreas próximas às grandes descobertas da bacia de Santos. A
estatal vai pagar com títulos,
que serão usados para aumentar o capital do Tesouro na
companhia. Para Barbassa, a
capitalização tem de ocorrer
até julho por causa da eleição.
"Não trabalho com outra possibilidade."
Dilma
A Petrobras anunciou ainda
mudanças no Conselho de Administração. Presidente do órgão desde 2003, a ministra Dilma Rousseff deixa o cargo para
disputar a Presidência. Seu
substituto é Guido Mantega
(Fazenda), que já é conselheiro.
Na nova vaga, entrou o secretário-executivo do Ministério
de Minas e Energia, Márcio
Zimmermann -que será interino no ministério no lugar Edson Lobão, que também sai para concorrer às eleições.
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