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Ritmo de recuo do álcool é menor nas usinas e maior nos postos
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
O álcool tomou dois caminhos nesta semana no mercado
paulista: diminuiu o ritmo de
queda nas usinas, mas acelerou
o ritmo nas bombas dos postos.
Pesquisa da Folha em 50
postos da cidade de São Paulo
indicou que os preços médios
praticados na capital já recuaram para R$ 1,622 por litro
-queda de 5% na semana.
Tomando como base os preços médios do álcool e os da gasolina -que está em R$ 2,505
por litro-, o álcool já custa
apenas 65% do valor da gasolina na capital paulista.
Há um mês estava em 73%, o
que tornava os preços da gasolina mais competitivos do que
os do álcool. Acima de 70%, o
álcool deixa de ser vantajoso.
Apesar da aceleração da queda de preço nos postos, os consumidores precisam ficar atentos ao abastecer seus veículos.
O ritmo de queda é bem diferente de uma rede de abastecimento para outra.
O álcool hidratado já caiu para R$ 1,399 por litro em alguns
postos, mas há redes ainda praticando preços elevados. Uma
delas, que comercializa o litro
do hidratado a R$ 1,799, diz que
ainda tem estoques elevados
do produto adquirido no período de alta nas usinas.
Sinal
"Esses preços já são um sinal
de ajuste do mercado", diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar).
O álcool ficou competitivo, a
demanda cresceu, mas a oferta
de produto ainda é pequena, na
avaliação dele.
A pesquisa semanal do Cepea
(Centro de Estudos Avançados
em Economia Aplicada), da
Esalq/USP, indicou que o preço
do álcool hidratado recuou para R$ 0,8139 por litro nesta semana, 1,6% menos do que na
anterior. Já o anidro caiu para
R$ 0,9375 por litro, com recuo
de 6,5%. Esses preços não contêm impostos.
O pico de preço do álcool hidratado foi de R$ 1,2055 por litro em meados de janeiro passado. De lá para cá, a queda acumulada é de 33%. Já nas bombas, a queda começou há cinco
semanas e atinge 14%.
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