São Paulo, terça-feira, 20 de abril de 2004

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Sindicatos falam em demissão e temem "falência"

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a portaria que restringe a cobrança das taxas confederativa e assistencial somente a sindicalizados, sindicalistas consultados pela Folha informam que "vão à falência".
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno José Bezerra, diz que, sem o repasse dos recursos, terá de enxugar o atendimento que presta diariamente a 4.000 trabalhadores. "Nosso orçamento é de R$ 30 milhões por ano. Desse total, cerca de R$ 20 milhões são fruto da contribuição assistencial e da confederativa. Vamos ter de enxugar o departamento jurídico, que hoje tem 35 advogados, fechar subsedes e nos adaptar. É um absurdo negociar a reforma sindical e editar uma portaria dessas da noite para o dia", diz.
"O governo tem de revogar essa portaria. Fomos pegos de surpresa", diz Wagner Gomes, vice-presidente da CUT.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo, Antonio de Sousa Ramalho, a portaria significa a "falência" dos sindicatos. "Vou ter de demitir 90% dos funcionários." Depois da pressão das centrais sindicais e dos sindicatos, o governo decidiu ontem marcar uma reunião entre os sindicalistas e representantes do Ministério do Trabalho para discutir a portaria. (CR e FF)

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