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Sindicatos falam em demissão e
temem "falência"
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a portaria que restringe
a cobrança das taxas confederativa e assistencial somente a
sindicalizados, sindicalistas
consultados pela Folha informam que "vão à falência".
O presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de São Paulo,
Eleno José Bezerra, diz que,
sem o repasse dos recursos, terá de enxugar o atendimento
que presta diariamente a 4.000
trabalhadores. "Nosso orçamento é de R$ 30 milhões por
ano. Desse total, cerca de R$ 20
milhões são fruto da contribuição assistencial e da confederativa. Vamos ter de enxugar o
departamento jurídico, que
hoje tem 35 advogados, fechar
subsedes e nos adaptar. É um
absurdo negociar a reforma
sindical e editar uma portaria
dessas da noite para o dia", diz.
"O governo tem de revogar
essa portaria. Fomos pegos de
surpresa", diz Wagner Gomes,
vice-presidente da CUT.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de
São Paulo, Antonio de Sousa
Ramalho, a portaria significa a
"falência" dos sindicatos. "Vou
ter de demitir 90% dos funcionários." Depois da pressão das
centrais sindicais e dos sindicatos, o governo decidiu ontem
marcar uma reunião entre os
sindicalistas e representantes
do Ministério do Trabalho para
discutir a portaria.
(CR e FF)
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