do enviado especial a Londres

Blecaute não é fenômeno apenas de "Terceiro Mundo", como aprendeu ontem, ao vivo e em cores (negras, aliás), o presidente Fernando Henrique Cardoso: mal uma equipe de TV britânica entrou na residência da embaixada brasileira em Londres, a energia caiu na zona toda.
No andar de cima, o embaixador Rubens Barbosa falava aos jornalistas na semi-escuridão; no andar de baixo, FHC era iluminado apenas pelo equipamento das próprias televisões.
A luz ainda não havia voltado quando o presidente encerrou o ciclo de entrevistas à TV. Foi no escuro que ele foi apresentado ao novo correspondente da revista "The Economist" no Brasil, que teve a criatividade de assumir a culpa pelo blecaute.
Explicou que estava no Brasil quando houve o blecaute lá; agora, fora apanhado pelo blecaute de "Primeiro Mundo".
O presidente brincou: "A minha hipótese é a privatização".
Alusão ao fato de que o sistema elétrico britânico já foi privatizado, faz tempo, e o brasileiro começa a sê-lo, muitas vezes sob críticas em relação à piora da qualidade dos serviços, como ocorreu por ocasião do blecaute. (CR)

Texto Anterior: União tem superávit de R$ 7 bilhões
Próximo Texto: FHC propõe a Tony Blair a ampliação do G-7
Índice