|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Remessas de lucros
crescem 50% até abril
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As remessas de lucros e dividendos ao exterior registraram
um crescimento de 50,24% nos
quatro primeiros meses deste ano
na comparação com igual período de 2004. Segundo o BC, foram
remetidos US$ 3,666 bilhões de
janeiro a abril de 2005 contra US$
2,440 bilhões no ano passado.
Em quatro meses, as remessas
de lucros e dividendos para o exterior representaram 49,96% dos
US$ 7,338 bilhões enviados para
fora do país em todo o ano passado. Em fevereiro, com o envio de
US$ 1,348 bilhão, o país já havia
registrado saída líquida recorde.
No mês passado as remessas ficaram em US$ 1,284 bilhão, alta de
56% em relação à saída líquida de
US$ 823 milhões de abril de 2004.
No quadrimestre, a remessa de
lucros e dividendos correspondeu
a 56% de todo o investimento direto estrangeiro que ingressou no
país nesse período, que ficou em
US$ 6,528 bilhões, segundo o BC.
Investimento
Graças à fusão da AmBev com a
belga Interbrew, o volume de investimento estrangeiro direto recebido pelo Brasil mais que dobrou entre março e abril. De um
mês para o outro, o ingresso de
capital externo para o país passou
de US$ 1,402 bilhão para US$
3,038 bilhões.
Dos US$ 3,038 bilhões recebidos em abril, porém, US$ 1,384 bilhão se refere à venda da participação de acionistas minoritários
da AmBev para a Interbrew. O negócio faz parte do acerto feito entre as duas empresas no ano passado, quando foi anunciada a fusão das cervejarias.
Naquela ocasião, ficou decidido
que os acionistas minoritários
que não quisessem participar da
fusão poderiam vender ações para os controladores. Outra opção
seria trocar ações da AmBev por
ações da Interbrew.
Ainda assim, para o Banco Central, responsável pela apuração
dos dados sobre investimentos
estrangeiros no país, o resultado
do mês passado foi "altamente
positivo", mesmo se descontado
o dinheiro referente à operação da
AmBev. Sem essa transação, o fluxo de capital externo para o Brasil
teria ficado em US$ 1,654 bilhão.
O BC estima que o Brasil deva
receber US$ 16 bilhões em investimentos estrangeiros diretos no
ano -o que significaria um ingresso médio de cerca de US$ 1,3
bilhão/mês. Até abril, essa média
mensal ficou em US$ 1,632 bilhão.
Neste mês, porém, já há uma redução nos investimentos das empresas estrangeiras. Até ontem,
essas aplicações totalizavam apenas US$ 350 milhões, devendo,
nas contas do BC, chegar a US$
700 milhões até o final do mês.
Texto Anterior: Transações correntes: Contas externas têm novo saldo histórico Próximo Texto: Após Copom, dólar atinge novo piso Índice
|