São Paulo, quarta, 20 de maio de 1998

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Fed mantém taxa em 5,5%

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
de Washington

O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, resolveu ontem manter as taxas de juros de curto prazo no país em 5,5% ao ano.
O último aumento (de 0,25%) nas taxas de juros norte-americanas foi em março de 97.
Apesar do contínuo aceleramento da atividade econômica (o PIB cresceu 4,2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 97) e do menor índice de desemprego em 28 anos (4,3%), a inflação no país tem se mantido em níveis baixos (os preços ao consumidor subiram 0,9% no primeiro trimestre do ano em comparação ao mesmo período de 97).
Além da ausência de pressão inflacionária palpável, a crise na Ásia pesou na decisão do Fed.
Primeiro, por haver uma sensação generalizada de que os problemas da Ásia vão manter a inflação estável nos EUA. Segundo, pelo receio de que um aumento nas taxas de juros nos EUA pudesse desviar investimentos da Ásia e piorar a crise naquele continente.
As Bolsas de Valores norte-americanas operaram com pequena alta em reação à decisão do Fed de manter as taxas de juros inalteradas.
Além disso, a divulgação dos números de construção de casas novas em abril (2,3% menos do o do mesmo mês de 97) deu novos argumentos a favor da manutenção das taxas de juros.
No entanto, mantêm-se as especulações de que o Fed vai aumentar as taxas de juros ainda neste semestre se houver qualquer sinal concreto de possibilidade de aumento da taxa inflacionária nos Estados Unidos.



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