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Fed mantém taxa em 5,5%
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
de Washington
O Federal Reserve (Fed),
banco central dos EUA, resolveu ontem manter as taxas de
juros de curto prazo no país
em 5,5% ao ano.
O último aumento (de
0,25%) nas taxas de juros norte-americanas foi em março de
97.
Apesar do contínuo aceleramento da atividade econômica
(o PIB cresceu 4,2% no primeiro trimestre em relação ao
mesmo período de 97) e do
menor índice de desemprego
em 28 anos (4,3%), a inflação
no país tem se mantido em níveis baixos (os preços ao consumidor subiram 0,9% no primeiro trimestre do ano em
comparação ao mesmo período de 97).
Além da ausência de pressão
inflacionária palpável, a crise
na Ásia pesou na decisão do
Fed.
Primeiro, por haver uma
sensação generalizada de que
os problemas da Ásia vão manter a inflação estável nos EUA.
Segundo, pelo receio de que
um aumento nas taxas de juros
nos EUA pudesse desviar investimentos da Ásia e piorar a
crise naquele continente.
As Bolsas de Valores norte-americanas operaram com pequena alta em reação à decisão
do Fed de manter as taxas de
juros inalteradas.
Além disso, a divulgação dos
números de construção de casas novas em abril (2,3% menos do o do mesmo mês de 97)
deu novos argumentos a favor
da manutenção das taxas de juros.
No entanto, mantêm-se as
especulações de que o Fed vai
aumentar as taxas de juros ainda neste semestre se houver
qualquer sinal concreto de
possibilidade de aumento da
taxa inflacionária nos Estados
Unidos.
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