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UE adia ação contra protecionismo dos EUA
DA REUTERS
A Comissão Européia afirmou
ontem que recomendou aos países da UE (União Européia) que
adiem até depois de 30 de setembro a decisão sobre retaliações à
política norte-americana de protecionismo para o aço.
Os 15 países membros da UE
aceitaram unanimemente a recomendação do braço executivo do
bloco econômico. A decisão foi
tomada pelos ministros das Relações Exteriores desses países durante um encontro em Bruxelas
(Bélgica).
O diretor de Comércio da Comissão Européia, Peter Carl, afirmou que a medida não significa
um retrocesso para a UE na questão do aço.
Segundo ele, a decisão veio apenas depois de um "sinal positivo"
do governo norte-americano, que
teria oferecido novas reduções tarifárias para o aço europeu.
"Recebemos um consistente sinal positivo dos americanos e respondemos a isso. Decidimos não
apertar o gatilho", disse.
O adiamento nas medidas de retaliação européias poderia diminuir a tensão entre os dois maiores blocos comerciais do mundo.
Essa decisão também ajudaria os
dois a continuar suas campanhas
para a liberalização do comércio
mundial.
A disputa com relação ao mercado de aço ficou mais acirrada
em março, quando o presidente
norte-americano, George W.
Bush, aumentou as tarifas para a
importação do produto em até
30%. A medida, afirmou o governo dos EUA à época, foi para proteger a indústria siderúrgica nacional dos preços mais baixos do
aço importado.
Além da ameaça de retaliação, a
UE entrou, em conjunto com outros seis países -entre eles o Brasil-, com um processo contra os
EUA na OMC (Organização
Mundial do Comércio).
Na última quarta-feira, os EUA
foram condenados pela OMC por
causa de uma emenda protecionista. Ela determina que o governo repasse às siderúrgicas os recursos arrecadados nas aduanas
por meio dos direitos antidumping das importações de aço.
Agora o país tem até 15 meses para revogar essa lei.
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