São Paulo, sábado, 20 de julho de 2002

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COMÉRCIO

Venda começa em agosto e deve render US$ 100 milhões anuais ao país

Brasil exportará frango para o Canadá

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um ano e meio depois de ter a entrada de carne bovina vetada no Canadá por causa da doença da vaca louca, mesmo sem que houvesse registro de casos no país, o Brasil assinou um acordo sanitário para vender frangos para os canadenses.
De acordo com o ministro da Agricultura, Marcus Pratini de Moraes, as exportações serão liberadas em agosto. O acordo de equivalência sanitária, que permite que os dois países reconheçam os critérios sanitários um do outro, estava sendo negociado desde 1997, mas o governo encontrou dificuldades por causa de focos de doença em aves.
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal são os Estados livres da doença que poderão exportar para o Canadá.
Segundo Pratini, o setor privado estima que nos próximos 12 meses o país poderá embarcar entre 20 mil e 25 mil toneladas de aves para o Canadá, podendo gerar receitas de exportação de cerca de US$ 100 milhões.
Em 2001, o Brasil -que é o segundo maior exportador de aves do mundo, perdendo apenas para os EUA- embarcou 900 mil toneladas do produto para o exterior, o equivalente a US$ 1,35 bilhão.
No início do ano passado, o Canadá suspendeu as importações de carne bovina do Brasil alegando ameaça de contaminação pela doença da vaca louca.
A diplomacia brasileira interpretou a medida como uma retaliação por causa da disputa na OMC (Organização Mundial do Comércio) entre as fabricantes de jatos Bombardier e Embraer. Mas o governo conseguiu provar que o país não tinha a doença, e o Canadá suspendeu a medida.
O Brasil acabou beneficiando-se da epidemia da vaca louca na Europa e da febre aftosa no Uruguai e na Argentina e aumentou em US$ 1 bilhão suas exportações de carnes em 2001.
Na próxima semana, especialistas do Ministério da Agricultura reúnem-se com representantes da União Européia para negociar um acordo de equivalência sanitária para a exportação de carne suína.



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