São Paulo, sábado, 20 de julho de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda norte-americana subiu 0,6% ontem e fechou vendida a R$ 2,867; Bovespa recuou 2,12%

Dólar encerra semana com alta de 2,03%

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar subiu nos negócios de ontem após a trégua vivida pelo câmbio na quinta. A moeda dos EUA encerrou o dia com alta de 0,60% diante do real, vendida a R$ 2,867. Na semana, a alta acumulada do dólar ficou em 2,03%.
Apesar do volume de negócios reduzido, a oscilação no mercado de câmbio ontem foi bastante forte. Entre a maior (R$ 2,887) e a menor cotação (R$ 2,843), a variação foi de 1,55%.
Com a deterioração do mercado internacional, arrastado por mais um dia de fortes perdas nas Bolsas norte-americanas, investidores preferiram voltar a comprar dólares, principalmente aqueles que têm vencimentos para honrar nas próximas semanas. Apenas na quinta-feira o dólar encontrou espaço para fechar com a expressiva queda de 1,62%.
A próxima semana promete ser de forte sobe-e-desce no mercado de câmbio, devido à passagem da vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger, pelo país, avaliam analistas.
O Banco Central não se ausentou e vendeu a ração diária de US$ 50 milhões ao mercado.
O risco-país do Brasil também voltou a subir, 2,7%, para fechar em 1.550 pontos.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, os reflexos das perdas no mercado acionário norte-americano foram menores que o esperado. Com um volume bastante reduzido de negócios, a Bovespa encerrou com desvalorização de 2,12%.
Em um pregão tão ruim, onde o giro ficou reduzido a apenas R$ 353,7 milhões, as ações ordinárias (com direito a voto) da Souza Cruz foram o destaque. A alta de 5,7% dos papéis foi motivada pela proximidade da divulgação do balanço da empresa na segunda.
"A expectativa é de que a Souza Cruz apresente resultados bem positivos. Como ela costuma pagar dividendos, era esperado que a procura pelas ações crescesse hoje [ontem"", afirma Michel Campanella, da corretora Socopa. Além de não ser endividada em dólares, a empresa, por ser exportadora, tem sido favorecida pela escalada da moeda dos EUA.
Em oferta realizada no fim da tarde, o BC colocou no mercado R$ 9,8 bilhões em LFTs -Letras Financeiras do Tesouro, papéis pós-fixados- de um lote de cerca de R$ 20 bilhões. Os vencimentos das LFTs, trocadas por NBC-Es (papéis cambiais) de prazo semelhante, variaram de agosto de 2003 a novembro de 2006.



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