UOL


São Paulo, domingo, 20 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Volume de papel reciclado recua 13% na Klabin

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria de papelão e papel é a que tem registrado maior retração no processamento de resíduos sólidos, devido à paralisação da economia. Isso contribuiu para a queda no preço de resíduos pagos aos catadores.
A Klabin, por exemplo, diminuiu nos últimos dois meses em 13% o volume de papelão e papel reciclados nas suas quatro fábricas montadas para isso.
Em 2002, a Klabin reciclou 400 mil toneladas de papel e papelão. "Ainda não temos noção de quanto será o total em 2003, mas as encomendas de embalagens, como papelão, caíram 15% nos últimos meses", afirma Lucas Godinez, diretor-gerente de embalagens da Klabin.
Com a crise, a Klabin reduziu de R$ 430 para R$ 420 o preço da tonelada que paga para os picadores de papelão e papel. Godinez diz, no entanto, que em dezembro o valor era de R$ 400. Segundo ele, praticamente 100% do papelão é reciclado no Brasil. Isso deve contribuir para uma disputa pelo produto a médio prazo, afirma.
A reciclagem de papel e papelão mobiliza entidades como a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Toda semana, a Bovespa vende o papelão e o papel. O volume mensal chega a 1,5 tonelada.
Outro setor que registra queda no preço é o de aço usado, segundo catadores e pessoas envolvidas no negócio. Eles dizem que houve redução de cerca de 30% no valor pago pela sucata.
O IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) não comenta preços, mas diz que 25% das 32 milhões de toneladas de aço que devem ser produzidas no Brasil neste ano virão da reciclagem.
Domingos Somma, vice-presidente de operações da siderúrgica Gerdau, diz que em média não está pagando menos pela sucata de materiais ferrosos. (LV e JAD)

Texto Anterior: Miséria reciclada: Desemprego impulsiona corrida da sucata
Próximo Texto: Profissão de catador atrai família
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.